1. SITUAÇÃO
Situação Meteorológica:
No seguimento do contacto com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), realizado hoje no Comando Nacional de Emergência e Proteção Civil (CNEPC) da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), e de acordo com a informação meteorológica disponibilizada prevê-se, um agravamento das condições meteorológicas, salientando-se:
§ Queda de neve persistente e com acumulação acima dos 800/1000 m, nas regiões do Norte e Centro, com especial destaque para as formações da Peneda-Gerês, Montesinho, Alvão-Marão, Montemuro e Estrela, com acumulados que podem exceder os 5 cm. Na zona da Torre (Serra da Estrela) os acumulados podem chegar aos 15 cm durante os próximos três dias.
§ Precipitação, pontualmente forte, em especial nas regiões do litoral Norte e Centro (acumulados até 20-30 mm/24h), estendendo-se progressivamente às restantes regiões. Durante a tarde e noite de domingo (7abr), precipitação persistente, com acumulados até 20-30 mm/6h, na região do Minho e Douro Litoral. Condições de instabilidade com ocorrência de aguaceiros que podem ser de granizo e acompanhados de trovoada.
Formação de gelo nos níveis mais baixos durante a noite e durante o dia em zonas mais sombrias.
§ Hoje, vento moderado a forte do quadrante Oeste no litoral a Sul do cabo Mondego, com rajadas até 70 km/h. Nas terras altas (acima 400/600 m), vento a soprar moderado/forte, com rajadas até 70 Km/h.
Amanhã e domingo, vento forte de quadrante oeste, com rajadas até 70 km/h, no litoral oeste e nas terras altas.
§ Agitação marítima forte com ondas de noroeste de 4 a 5 metros na costa ocidental até às 10 horas de domingo. Prevê-se que aondulação aumente temporariamente para 5 a 7 metros, podendo atingir 10 a 12 metros de altura máxima, entre as 3h e as 12 h de amanhã, no litoral a norte do Cabo Mondego, e entre as 6h e as 15 h de amanhã no litoral da região de Lisboa e Leiria.
Acompanhe as previsões meteorológicas em www.ipma.pt
2. EFEITOS EXPECTÁVEIS
Face à situação acima descrita, poderão ocorrer os seguintes efeitos:
·Piso rodoviário escorregadio e eventual formação de lençóis de água e gelo;
·Possibilidade de cheias rápidas em meio urbano, por acumulação de águas pluviais ou insuficiências dos sistemas de drenagem;
·Possibilidade de inundação por transbordo de linhas de água nas zonas historicamente mais vulneráveis;
·Inundações de estruturas urbanas subterrâneas com deficiências de drenagem;
·Danos em estruturas montadas ou suspensas;
·Dificuldades de drenagem em sistemas urbanos, nomeadamente as verificadas em períodos de preia-mar, podendo causar inundações nos locais historicamente mais vulneráveis;
·Possibilidade de queda de ramos ou árvores em virtude de vento mais forte;
·Possíveis acidentes na orla costeira;
·Fenómenos geomorfológicos causados por instabilização de vertentes associados à saturação dos solos, pela perda da sua consistência.
3. MEDIDAS PREVENTIVAS
A ANEPC recorda que o eventual impacto destes efeitos pode ser minimizado, sobretudo através da adoção de comportamentos adequados, pelo que, e em particular nas zonas historicamente mais vulneráveis, se recomenda a observação e divulgação das principais medidas de autoproteção para estas situações, nomeadamente:
·Adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a possível acumulação de neve e formação de lençóis de água nas vias;
·Garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas;
·Não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas;
·Proceder à colocação das correntes de neve nas viaturas, sempre que se circular nas áreas atingidas pela queda de neve;
·Garantir uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas;
·Ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atento para a possibilidade de queda de ramos e árvores, em virtude de vento mais forte;
·Ter especial cuidado na circulação junto da orla costeira e zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a galgamentos costeiros, evitando se possível a circulação e permanência nestes locais;
·Não praticar atividades relacionadas com o mar, nomeadamente pesca desportiva, desportos náuticos e passeios à beira-mar, evitando ainda o estacionamento de veículos muito próximos da orla marítima;
·Estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e Forças de Segurança.
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