A Fundação INATEL vai levar ao Teatro da Trindade, em Lisboa, na próxima terça-feira, dia 21 de maio, às nove e meia da noite, uma gala da canção de Coimbra e do fado intitulada “Canções da Liberdade”. O Coro dos Antigos Orfeonistas da Universidade de Coimbra, que terá 40 elementos em palco, e a fadista conimbricense Beatriz integram o cartaz.
O espetáculo realçará, ao longo de 90 minutos, temas da canção de Coimbra, interpretando nomes incontornáveis como Zeca Afonso, Adriano Correia de Oliveira, José Niza e Luiz Goes.
De acordo com Bruno Paixão, diretor da Fundação INATEL em Coimbra, “nós, conimbricenses, já estamos convencidos da nossa singularidade cultural, mas é determinante exportar os valores culturais de Coimbra, desvendá-los a outros públicos, ultrapassar fronteiras, abrir caminhos que conduzam a um universalismo de Coimbra. É crucial levar as nossas sonoridades e os nossos grupos e intérpretes aos grandes palcos nacionais e internacionais”.
Quando passam 50 anos sobre a Crise Académica de 1969, tantas vezes considerada como a precursora do 25 de Abril de 1974, a Fundação INATEL evoca, neste concerto, as “Canções da Liberdade”, fazendo apelo a alguns temas que, por essa ocasião, eram cantados nos convívios realizados nos jardins da Associação Académica de Coimbra.
É justamente a Associação dos Antigos Estudantes de Coimbra em Lisboa, presidida por Maria de Fátima Lencastre, e que tem como vice-presidente o antigo dirigente da AAC José Manuel Viegas, que se associa a esta gala promovendo-a junto da comunidade da capital.
Manuel Rebanda, presidente da direção do Coro dos Antigos Orfeonistas, adianta que “teremos dois contrastes, as vozes masculinas e a voz feminina, o fado de Coimbra e o fado de Lisboa cantado por Beatriz, acompanhada por guitarra portuguesa, viola e baixo. Todavia, um mesmo prenúncio: as Canções da Liberdade”.
O Coro dos Antigos Orfeonistas da Universidade de Coimbra é dirigido pelo Maestro Rui Paulo Simões e é constituído por antigos estudantes de várias gerações, alguns deles nascidos já depois do 25 de Abril. É herdeiro da tradição do coro de vozes masculinas que foi, durante décadas, o Orfeon Académico de Coimbra. Constituído em 1980, quando se celebravam os cem anos da fundação do Orfeon Académico, o Coro tem como objetivo cultivar a música coral, com particular realce para os temas da Canção de Coimbra. O grupo tem, ao longo destes anos, passado por dezenas de países dos vários continentes, tendo ainda recentemente atuado na sede da ONU.
Para além de várias instituições de Coimbra que têm vindo a confirmar a sua presença, são esperadas algumas centenas de pessoas no palco principal deste teatro da Fundação INATEL. Como sustenta Bruno Paixão, “este espetáculo cultural vem unir pessoas, porque Coimbra tem esse encanto, e é um motivo de orgulho ver parte da nossa cultura subir ao palco de um teatro como o da Trindade, um dos mais belos de Portugal”.
NDC
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