quarta-feira, 29 de maio de 2019

Município adere ao combate da vespa da galha do castanheiro



O Município de Proença-a-Nova, em parceria com a Direção Geral de Agricultura e Pescas do Centro (DRAPC) e com a Associação Portuguesa da Castanha, juntou-se ao combate nacional à vespa das galhas do castanheiro, depois de terem sido detetados no concelho diversos casos de Dryocosmus kuriphilus Yasumatsu (popularmente conhecida como a vespa das galhas do castanheiro). A 23 de maio, os técnicos da DRAPC, do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas e do Município levaram a cabo primeira intervenção. O combate a esta praga em Portugal faz-se através de um método biológico, sem recurso a produtos fitofarmacêutico, e consiste na largada de um inseto parasitoide (torymus sinensis), que por sua vez irá alimentar-se das larvas da vespa. No concelho foram efetuadas cinco largadas que terão um raio de ação de cinco quilómetros. 

Esta praga é originária da China e entrou em Portugal em 2014. Ataca os gomos foliculares, reduz o crescimento da árvore e a sua frutificação, a produção e a qualidade da castanha. Em 2015, Portugal aderiu à luta biológica através da largada de parasitas, tendo estabelecido a proibição do uso de produtos fitofarmacêuticos, ineficazes neste caso. Assim, Portugal além de estar expressamente proibido de usar qualquer tipo de produto fitofarmacêutico, obriga a que as plantas só devem ser adquiridas com passaporte fitossanitário que atesta o cumprimento dos requisitos fitossanitários das mesmas. 

Cidalina Marques, a engenheira da DRAPC responsável pela prospeção nesta área, revela que desde que começaram as ações de sensibilização à população, em especial junto aos agricultores e produtores de castanha, que têm vindo a modificar hábitos errados: “nas ações que promovemos explicamos concretamente o modo mais eficiente e correto de eliminar as galhas que contêm a vespa para além de contactarmos na fase adequada todos os interessados relativamente às largadas do parasitoide torymus sinesis. Tivemos casos em que a praga se propagou porque os agricultores ao cortarem as galhas para mostrar ao amigo, foi o suficiente para a praga se propagar para novas zonas”. 

A 6 de março, decorreu no Centro Ciência Viva da Floresta uma destas ações e que contou com a presença de Ana Manteigas, da DRAPC, e Cândido Henriques, da RefCast – Associação Portuguesa da Castanha. Nesta sessão foram abordados temas relacionados com a ecologia do inseto, sintomas das árvores afetadas e os meios de luta e de prevenção. 

Caso detete algum caso desta praga deve contactar de imediato o Gabinete de Proteção Civil do Município para que seja estabelecido um plano de controlo desta praga e tomadas medidas de modo a evitar a sua propagação.

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