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Os autarcas de Santo Tirso e Barcelos, o presidente do Instituto Português de Oncologia do Porto (IPO) e uma empresária foram detidos, esta manhã, por suspeitas de crimes de corrupção, tráfico de influências e participação económica em negócio no âmbito de contratação pública.
Em comunicado, a Polícia Judiciária (PJ) revela que realizou, esta quarta-feira, dez buscas domiciliárias e não domiciliárias, nas zonas do Porto, Santo Tirso, Barcelos e Matosinhos, em autarquias, entidades públicas e empresas, relacionadas com "a prática reiterada de viciação de procedimentos de contratação pública, com vista a favorecer pessoas singulares e coletivas, proporcionando vantagens patrimoniais".
De acordo com a PJ, as buscas culminaram da detenção de "quatro pessoas com idades compreendidas entre os 48 anos e os 68 anos".
"A investigação, centrada nas autarquias de Santo Tirso, Barcelos e Instituto Português de Oncologia do Porto, apurou a existência de um esquema generalizado, mediante a atuação concertada de autarcas e organismos públicos, de viciação fraudulenta de procedimentos concursais e de ajuste direto com o objetivo de favorecer primacialmente grupos de empresas, contratação de recursos humanos e utilização de meios públicos com vista à satisfação de interesses de natureza particular", informa a Polícia Judiciária.
A chamada "Operação Teia", realizada no âmbito de um inquérito titulado pelo Ministério Público - DIAP do Porto, envolveu "investigadores, peritos informáticos, peritos financeiros e contabilísticos, bem como magistrados judiciais, magistrados do Ministério Público e representantes de ordens profissionais".
A investigação irá agora prosseguir, para apurar todos os crimes em causa e a responsabilização dos seus autores.
Rita Carvalho Pereira / TSF
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