Associação José Afonso
O cantautor nasceu em Aveiro há 90 anos mas a cidade pouco fez para o lembrar.
Aveiro pouco fez por honrar a memória de Zeca Afonso. A convicção é do núcleo regional de Aveiro da Associação José Afonso, que diz que o músico português foi "abandonado pela cidade" onde nasceu. A terra onde Zeca nasceu há 90 anos tem apenas uma pedra num jardim com o seu nome. Para evitar que o património se perca, está a circular uma petição para declarar a obra de José Afonso de interesse nacional. A petição já tem mais de onze mil assinaturas.
Há muito a fazer pela memória de Zeca Afonso na terra onde nasceu, conta-nos Carmo Marques, do Núcleo de Aveiro da Associação José Afonso, que se recusa a abandonar a sua memória. Para isso, era obrigatório comemorar os 90 anos do seu nascimento.
Este Núcleo da AJA, fundado em 2011, através de parcerias, todos os anos tem lembrado Zeca Afonso. O ano passado foi na praça do Peixe, este ano é no Avenida Café Concerto, com um concerto tributo dos Couple Coffee. Um duplo tributo: a Zeca Afonso e a Alípio de Freitas, para quem o músico português chegou a fazer uma música.
Para que Zeca não fique esquecido, há uma petição a circular que apela a que a sua obra seja considerada como património nacional. "A própria obra está em risco com a falência da MoviePlay. Acho que faz todo o sentido lembrar o Zeca todos os dias, quer pela obra, quer pelo seu exemplo de cidadania".
Em resposta às declarações da AJA, a Câmara Municipal de Aveiro garante à TSF que José Afonso não foi esquecido. Pelo contrário, a obra do cantautor (?) vai ser uma peça fundamental na candidatura da cidade a Capital Europeia da Cultura em 2027.
TSF
[Notícia atualizada às 9h38]
Comentário: Dizem maravilhas de Aveiro, e só agora alguém, descobriu quem é Aveiro, ou seus mais destacados "administradores"?
Zeca Afonso não foi o único, foram todos, assim nos diz a história. Viveram-se curtos momentos de euforia, logo tudo se esqueceu, tudo começou a fazer parte do passado.
Além do mais, Aveiro é uma cidade tipicamente da direita, assim sendo, como podia "venerar" um artista assumidamente da esquerda?
É difícil ser-se coerente? É.
A cidade de Aveiro, foi indigna de ter no seu meio homens e mulheres, que colocaram as suas vidas em risco para conquistar a liberdade, porque, a seguir ao 25 de Abril, o primeiro presidente eleito para a Câmara Municipal era um homem assumidamente da direita. Está tudo dito, tem o que merece.
Joaquim Carlos
Director
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