Ministro
do Ambiente e Transição Energética disponibiliza apoio aos
Municípios de Águeda e Oliveira do Bairro para intervenção no rio
Cértima
O
Ministro do Ambiente e Transição Energética, João Pedro Matos
Fernandes, comprometeu-se com os Municípios de Águeda e de Oliveira
do Bairro em disponibilizar o acompanhamento técnico e uma
comparticipação financeira, através do Fundo Ambiental, para
apoiar intervenções que as duas autarquias pretendem realizar no
Rio Cértima, na sequência de mais um episódio de aparecimento de
peixes mortos e de uma evidente degradação ambiental.
Esta
disponibilidade do Governo vem na sequência dos contactos
estabelecidos pelos presidentes dos dois municípios, Jorge Almeida
(Águeda) e Duarte Novo (Oliveira do Bairro), junto das autoridades
competentes, manifestando a sua profunda preocupação com a poluição
e degradação ecológica do rio.
Os
dois autarcas estiveram ainda reunidos, no passado dia 26 de julho,
com o Vice-presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, Pimenta
Machado, e com o Diretor Regional da Administração da Região
Hidrográfica do Centro, Nuno Bravo, tendo visitado a zona mais
afetada do Rio Cértima.
No
dia 30 de julho, Jorge Almeida e Duarte Novo reuniram com os
presidentes das juntas e uniões de freguesia de Barrô e Aguada de
Baixo, Fermentelos, Oiã, Oliveira do Bairro, Recardães e Espinhel e
Travassô e Óis da Ribeira. A reunião, que se realizou na Junta de
Freguesia de Fermentelos, serviu para definir uma linha de atuação
conjunta, de forma a, por um lado, sensibilizar as autoridades
competentes a agirem dentro das suas competências e, por outro, a
proporcionarem aos dois Municípios as ferramentas que lhes permitam
avançar com as devidas intervenções no Rio Cértima. Os produtores
agrícolas locais, também se mostraram disponíveis para participar
na melhoria das condições ambientais deste troço de rio.
Entre
as ações necessárias, salientam-se a remoção de árvores e ramos
caídos sobre o leito, a reflorestação com espécies autóctones, a
remoção de bancos de espécies invasoras (como por ex.
erva-pinheirinha), a remoção de monos e resíduos, entre outros,
que prejudicam a livre circulação das águas e contribuem para a
degradação do seu estado biofísico e ecológico.
No
que diz respeito aos problemas e focos de poluição a montante,
recairá a atenção e fiscalização das entidades competentes, com
a aplicação das medidas devidas e consignadas na Lei.
Sobre
o rio Cértima e demais bacia hidrográfica, recaem condições
únicas de carácter ambiental e que lhe conferem o estatuto de
classificação a nível Europeu, enquanto Rede Natura 2000. Nos
últimos anos têm-se registado neste rio episódios de degradação
ambiental, cuja severidade tem aumentado e, recentemente, culminou
num evidente crime ambiental, denunciado pela comunidade e entidades
locais.
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