As 26 vagas disponíveis para o atelier de cultura e gastronomia do projeto Beira Baixa Cultural dedicado ao queijo fresco foram insuficientes para todos os interessados que quiseram aprender a fazer este produto tradicional no dia 10 de agosto, na Praia Fluvial da Aldeia Ruiva. Ainda assim, numa pausa entre mergulhos, muitos ficaram a assistir ao processo de transformar o leite de cabra numa coalhada ou soro. Com a assistência técnica do Centro Ciência Viva da Floresta, foram partilhadas informações mais científicas, nomeadamente como se faz a acidificação do leite através de uma cultura bacteriana e, em seguida, a utilização de uma enzima - a quimosina (coalho ou substituto) - para dar origem à coalhada.
Depois da explicação teórica, foi altura de por as mãos na coalhada e com paciência ir moldando o queijo, eliminando o soro em excesso. Depois de feito, o queijo pode ser consumido em fresco ou iniciar o processo de cura, dando origem ao reconhecido queijo cabreiro de Proença-a-Nova, uma presença quase obrigatória à mesa. Paralelamente, o Centro Ciência Viva da Floresta desenvolveu ainda um atelier em que os participantes fizeram sabonetes de viagem utilizando o leite de cabra, ampliando assim as utilizações deste produto.
O projeto Beira Baixa Cultural, cofinanciado no âmbito do Centro 2020, Portugal 2020 e Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional da União Europeia, vai ter outras iniciativas este verão em Proença-a-Nova: nos dias 22 e 29 de setembro, o Festival das Artes da Beira Baixa apresenta um final de tarde diferente nas praias fluviais de Malhadal e Aldeia Ruiva, de participação livre. Na sexta-feira 13 de setembro o passeio pedestre mensal terá a temática das histórias fantásticas no concelho, com a encenação pelo grupo de teatro Váatão, com inscrições no Posto de Turismo.
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