Cerca de 150 pessoas, cavalos, carruagens e fogo de artifício estão envolvidos na produção da Grande Recriação Histórica "Os STEPHENS na MARINHA GRANDE - Abertura da Real Fábrica de Vidros (1769)”, que é apresentada no próximo sábado, 19 de outubro, pelas 22h00, em frente ao Museu do Vidro, no âmbito das comemorações dos 250 anos da chegada de Guilherme Stephens à Marinha Grande.
A iniciativa é da Câmara Municipal da Marinha Grande, que convidou o encenador Norberto Barroca para dirigir esta recriação, durante a qual vai ser retratada a chegada de alguns convidados de honra à Marinha Grande, para assinalar a abertura e o início da fabricação da Real Fábrica de Vidros da Marinha Grande, em 16 de outubro de 1769.
A presidente da Câmara, Cidália Ferreira, recorda que “faz este mês de outubro 250 anos que Guilherme Stephens, a convite do Marquês de Pombal e do Rei D. José I, reativou a Real Fábrica de Vidros e mudou para sempre a nossa Marinha Grande”.
A presidente caracteriza Guilherme Stephens como tendo sido “um industrial brilhante e muito à frente do seu tempo. Para Stephens, o equilíbrio entre o trabalho e vida social era muito importante. Guilherme Stephens criou proteção social para os seus trabalhadores, uma espécie de fundo de reforma, acesso facilitado a médicos para os trabalhadores e suas famílias e ainda fez questão de tornar os seus trabalhadores culturalmente aptos com a criação de um Teatro dentro da fábrica, que é hoje em dia o Teatro Stephens, onde frequentemente os trabalhadores ensaiavam algumas das peças de teatro mais famosas da época e escola onde eram alfabetizados”.
No dia 19 de outubro “faremos a Recriação Histórica da reativação da fábrica, liderada por este inglês que passou a ser Marinhense e que ajudou a moldar aquilo que somos enquanto coletividade, enquanto cidade e enquanto seres humanos. Teremos o privilégio de contar com a presença de Jennifer Roberts, familiar de Guilherme Stephens”, conclui Cidália Ferreira.
Norberto Barroca desvenda que "o que se vai passar é uma recriação ficcional que comemora a abertura da Real Fábrica de Vidros, em 16 de outubro de 1769. Os Stephens estão na Marinha Grande onde iniciaram uma nova etapa na construção do vidro que haveria de levar ao engrandecimento desta terra. E, para além da indústria de vidraça e cristal, os Stephens preocuparam-se pelo elevamento dos seus operários, criando escolas onde aprendessem as primeiras letras, desenho, música e também teatro. É um momento histórico que vamos comemorar, homenageando os seus protagonistas".
À luz do que leu, para escrever a recriação histórica, o encenador caracteriza Guilherme Stephens como tendo sido "fundamentalmente um humanista. Homem de grande empreendimento industrial e um humanista com grande sentido de justiça social, preocupado com a educação e elevação dos seus operários, seus colaboradores".
Norberto Barroca acrescenta ainda que "a ação de Guilherme Stephens e do seu irmão Diogo, foi fundamental para o desenvolvimento da Marinha Grande, não só do ponto de vista industrial e, portanto económico, como também pela vertente cultural e social que aqui lançou e influenciou a população da Marinha".
Cerca de 150 pessoas, cavalos, carruagens e fogo de artifício
A recriação histórica vai envolver cerca de 150 pessoas, entre atores, músicos e técnicos. Os atores e figurantes são assegurados através da colaboração do Sport Operário Marinhense, Sport Império Marinhense, ASURPI - Associação Sindical União Reformados Pensionistas Idosos, Associação Cultural e Recreativa da Comeira e Agrupamentos de Escolas Marinha Grande Nascente e Marinha Grande Poente.
Vão existir momentos musicais interpretados pelos Tocándar, Orquestra Juvenil da Marinha Grande e Orquestra de Câmara de Sintra. A encenação vai ser ainda complementada com fogo de artifício, carruagens de época de particulares e do Exército Português, assim como cavalos da Associação Equestre Cavalo Dourado da Marinha Grande, entre outros.
Além da recriação histórica, o programa comemorativo vai incluir demonstrações de fabrico de vidro ao vivo, a edição de um postal CTT com circulação nacional alusivo a Guilherme Stephens, e a apresentação do livro “A Luz dos Tempos - Notas biográficas” sobre as personalidades do concelho dos últimos 250 anos da autoria de Gabriel Roldão e Luís Abreu e Sousa.
250 ANOS DA CHEGADA DE GUILHERME STEPHENS
PROGRAMA
19 de OUTUBRO (sábado)
Todas as atividades são de participação gratuita
15h00 (até às 00h00) . Estúdio Poeiras Glass - Edifício da Resinagem
Vidro Soprado - Trabalho ao vivo
17h00 . Auditório da Resinagem
Apresentação do Postal Inteiro dos CTT alusivo aos 250 anos da chegada de Guilherme Stephens à Marinha Grande
18h00 . Auditório da Resinagem
Apresentação do livro “A Luz dos Tempos - Notas Biográficas”, de Gabriel Roldão e Luís Abreu e Sousa, da editora Hora de Ler
Sinopse |
O livro resulta de um trabalho de investigação de vários anos por parte dos seus autores e apresenta a biografia de várias personalidades do concelho.
"O objetivo desta obra é para falar de muitos «Guilhermes Stephens» que povoam a Marinha Grande e que, de um modo ou de outro, fizeram com que esta «Marinha» seja «Grande» como hoje é. É destas personagens, que jamais deixaremos esquecer, que vamos tratar. Umas serão menos conhecidas que outras, pela sua atividade com inferior visibilidade, mas mesmo assim, terão contribuído, não só com a sua condição de cidadãos mas, conferindo sempre mais qualquer coisa que os outros. É por isso que vão ser citados para se eternizarem".
22h00 . Jardim Stephens
Grande Recriação Histórica "Os STEPHENS na MARINHA GRANDE" - Abertura da Real Fábrica de Vidros (1769), com direção de Norberto Barroca
Fogo de artifício
Concerto de cordas pelos Solistas da Orquestra de Câmara de Sintra
Sinopse |
Abertura da Real Fábrica de Vidros - 16 de Outubro de 1769
Recriação histórica ficcional - Direção de Norberto Barroca
Coordenação de Guarda-Roupa e Tratamento Visual de Mário Garcia
Recriação histórica ficcional, que pretende retratar a chegada de alguns convidados de honra à Marinha Grande, para assinalar a abertura e o início da fabricação da Real Fábrica de Vidros da Marinha Grande, em 16 de outubro de 1769. Pretende-se ainda reconhecer o papel que Guilherme Stephens e a sua família tiveram para o desenvolvimento da Marinha Grande e instrução dos seus operários, e recriar o ambiente cultural e social fervilhante que se vivia no Palácio dos Stephens, junto à fábrica.
O espetáculo contará com a participação de cerca de 150 pessoas, entre atores, figurantes, músicos e equipa técnica, terminando com um espetáculo de fogo-de-artifício e um concerto de cordas, que será interpretado pelos Solistas da Orquestra de Câmara de Sintra.
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