A Diretora-Geral da Saúde, Graça Freitas, explicou na quinta-feira que cada pessoa infetada com COVID-19 em Portugal contagia, em média, uma pessoa.
“O R0 [número de contágio causados por cada pessoa infetada] de Portugal estará perto de 1, com pequenas variações regionais”, adiantou, na conferência de imprensa de atualização dos dados da pandemia de COVID-19.
Questionada sobre o objetivo de chegar a um R0 de 0.7, Graça Freitas ressalvou que “o 0.7 não é nenhum ponto milagroso”. “Houve um país, que foi a Noruega, que decidiu que quando o R fosse de 0.7 estaria na altura de a Noruega descomprimir algumas medidas, mas este não é o único critério a ser usado”, disse.
Como Portugal começou “o período epidémico mais tarde”, o país irá “acompanhar diferentes critérios adotados por diferentes países para ver qual se adapta à nossa realidade”. Segundo a Diretora-Geral da Saúde, Portugal tem um grupo grande de cientistas e médicos “a avaliar qual a altura ideal para começar a descomprimir em relação às medidas de contenção, como é que isso poderá ser feito e quais vão ser os critérios que vamos ter que observar”.
“Temos que ver quais são os critérios que se adaptam melhor ao nosso país. Neste momento, o R é à volta de 1”, reforçou.
Sobre uma clínica de diálise que se manteve aberta depois de identificado um caso positivo, Graça Freitas explicou que “as clínicas têm indicações e procedimentos bem definidos para, como todos os outros hospitais, terem um circuito para doentes COVID e um circuito para doentes não COVID, que devem ser separados fisicamente e ter equipas dedicadas”.
“Esse relato dessa clínica estará a observar as boas práticas que estão na norma, uma vez que estes doentes têm que continuar a sua diálise e o que é importante é que se separem para efeitos de contágio aqueles que têm a doença dos que não têm”, esclareceu, acrescentando que os casos graves são encaminhados para hospital.
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