É possível realizar um conjunto de ações culturais, seja na Biblioteca Municipal ou no Centro de Artes, de uma forma digital e à distância.
Fazer uma visita guiada a uma exposição ou participar numa hora do conto, ouvir um poema ou então recordar um espetáculo. Tudo isto pode ser feito sem sair de casa, sendo parte de um programa cultural alternativo que a Câmara de Águeda preparou e que está a ser promovido pela Biblioteca Municipal Manuel Alegre (BMMA) e pelo Centro de Artes de Águeda (CAA).
“Viver em isolamento não significa viver sem cultura”, defendeu Elsa Corga, Vereadora da Cultura da Câmara de Águeda, salientando que tanto a BMMA como o CAA apresentam ideias diferentes e criativas para que os cidadãos tenham acesso a atividades culturais. “Estamos consigo, na sua casa, para impedir que o isolamento seja também cultural, porque temos a convicção de que a cultura é um bem essencial que nos traz um sentimento de liberdade”, sublinhou Elsa Corga.
A BMMA (que pode ser seguida em fb.com/BibliotecaMunicipalManuelAlegre/) tem a decorrer um conjunto de propostas, que passam, por exemplo, pela Hora do Conto online, em que é feita a partilha (com post publicado às 9 horas) de um vídeo/áudio de leitura de histórias dirigidas às crianças; ou ainda pelo Ponto ParaGArfo, em que é feita a partilha de poemas ou textos inspiradores dirigidos aos jovens e adultos, antes do jantar, às 19 horas.
Sublinhe-se que estes vídeos que são partilhados nas redes sociais resultam de um desafio lançado à comunidade para que tivesse uma voz ativa e participante nesta ação, que foi prontamente aceite. Agradecendo a colaboração constante e criativa da comunidade nesta forma alternativa de realizar atividades culturais, a Câmara de Águeda salienta ainda a participação nas atividades e na realização dos vídeos por parte das professoras bibliotecárias e demais colaboradores da BMMA.
Lembrando que, no próximo dia 23, se comemorará o Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor, a BMMA propõe ler um livro que ainda está a ser escrito. Trata-se do projeto “Bode Inspiratório”, um livro criado pela escritora Ana Margarida de Carvalho e que está a ser realizado por mais de 40 escritores e artistas plásticos em isolamento que se juntaram para apresentar, a cada dia, um capítulo de um “folhetim à moda antiga”.
Para além de uma visita, virtual, ao Centro de Documentação 25 de Abril, a BMMA convida a uma leitura da Declaração Universal sobre a Diversidade Cultural, da UNESCO, que pretende assinalar o Dia Mundial da Diversidade Cultural para o Diálogo e o Desenvolvimento, que se assinala a 21 de maio. Neste mês e tendo por base a interculturalidade, a BMMA propõe ainda, em colaboração com o Centro de Juventude de Águeda e os jovens voluntários europeus, a apresentação, nos meios de comunicação digitais, de atividades e conteúdos culturais internacionais.
Ainda em maio, de destacar a XVI Maratona de Leitura em Língua Portuguesa, organizada pelo Camões – Centro de Língua Portuguesa em Cáceres e pelo Centro Municipal de Juventud (Ayuntamiento de Cáceres), que este ano será exclusivamente em formato virtual.
Um centro que se enche de arte
Quanto ao CAA, para além da visita guiada virtual à Exposição Bicicleta Motorizada, estão calendarizadas rubricas diárias e temáticas, com uma área definida para cada dia da semana. Assim, as segundas-feiras são contemporâneas, as terças técnicas, as quartas curiosas, as quintas permitem recordar, à sexta é para ter ideias. Ao fim de semana, é para saber “o que se ouve por CAA” e “olhar p’ra CAA” .
Neste enquadramento temático, as propostas do CAA são transmitidas na sua página oficial no facebook (https://www.facebook.com/centroartesagueda) e incluem música, arte contemporânea, fotografia e curiosidades acerca do próprio espaço do CAA, sem esquecer as ideias para colocar em prática em tempos de isolamento social.
Concretamente, nas “segundas contemporâneas” são disponibilizadas online algumas das obras de arte contemporânea que fizeram parte do percurso expositivo do CAA; nas “terças técnicas” são partilhadas algumas áreas específicas e técnicas do centro de artes e que, até aqui, estavam com acesso vedado para o público (teia, sub-palco, régie, etc…); nas “quartas curiosas”, são apresentadas algumas curiosidades acerca do CAA, pequenos pormenores que marcam a identidade da cidade e da história dos aguedenses; “recordar às quintas” convida o público, desta vez online, a (re)visitar alguns dos momentos da programação ao longo dos três anos de existência do CAA; e no “ideias à sexta” são divulgadas pelo CAA algumas iniciativas de cariz cultural que se cruzem com a missão deste equipamento cultural aguedense e/ou conteúdos que favoreçam a descoberta e a reflexão.
Ao sábado, o centro de artes convida a saber “o que se ouve por CAA”, convidando o público a ouvir uma lista de canções de artistas que já passaram pelo centro de artes aguedense. Já ao domingo, o convite é para “olhar p’ra CAA”, mas mais do que mostrar imagens captadas pela equipa do CAA, a ideia subjacente a esta ação é que o público possa mostrar como sentiu este espaço cultural ao longo dos seus três anos de atividade, enviando as suas fotografias para centroartesagueda@gmail.com, para que, depois de selecionadas, as imagens possam ser partilhadas nas redes sociais do CAA.
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