Mais de três dezenas de passageiros de um voo normal da Etiophian Airlines que aterrou no Aeroporto Internacional de Mavalane na passada segunda-feira (04), provenientes de diversos países com transmissão activa da covid-19, entraram em Moçambique sem serem submetidos a nenhum controle sanitário. “As equipas de terra não estavam organizadas e de facto as pessoas não foram testadas”, admitiu a Directora Nacional de Saúde Pública.
Desde a declaração do Estado de Emergência em Moçambique e com o agudizar da pandemia pelo mundo apenas uma companhia aérea continua a realizar voos regulares, e não só, para Moçambique, a Etiophian Airlines.
Na segunda-feira (04) aterrou na Cidade de Maputo, às 15h14, um Airbus A350-941 com a referencia ET819 proveniente de Adis Abeba transportando dezenas de passageiros nacionais e estrangeiros que não eram provenientes da Etiópia, mas de diferentes países do globo. Cumpriram os procedimentos de migração e deixaram o Aeroporto Internacional de Mavalane, alguns com voos de ligação para as províncias.
Confrontada pelo @Verdade porque razão estes passageiros provenientes de países com elevada transmissão activa do novo coronavírus não foram submetidos a nenhum teste ou abordados por algum funcionário da Saúde para apurar o histórico de viagem e impor a quarentena domiciliar obrigatória preconizada do Decreto Presidencial de Declaração do Estado de Emergência a Dra. Rosa Marlene disse: “Em relação ao voo da Etiophian Airlines o que aconteceu é que houve um problema na comunicação do voo, em princípio os voos estão reduzidos, quando chegou este voo da Etiophian Airlines as equipas de terra não estavam organizadas e de facto as pessoas não foram testadas”.
“Neste momento estamos a trabalhar, o Ministério da Saúde, a Direcção de Saúde da Cidade, os serviços de Migração e a própria companhia aérea, para a localização dos passageiros. Já conseguimos localizar a maior parte e estão a ser testados, é verdade que alguns estão nas províncias e estamos a contactar as delegações provinciais para conseguirmos localiza-los”, argumentou a Directora Nacional de Saúde Pública em conferência de imprensa nesta quinta-feira (07).
Diante da insistência do @Verdade, afinal na véspera 215 viajantes de um voo proveniente de Portugal haviam sido todos testados para a covid-19 e submetidos à quarentena, a Dra. Rosa Marlene admitiu que “não há diferença de procedimento, o voo da TAP houve uma comunicação atempada às autoridades incluindo a Saúde e organizamos para receber os passageiros, com o voo da Etiophian Airlines houve um problema de comunicação atempada que estamos a tentar corrigir”, tendo ainda referido que não saber com certeza quantos viajantes do ET819 entraram em Moçambique “acho que são 31 pessoas que vinham no voo”.
Porém a Directora Nacional de Saúde Pública faltou com a verdade pois o ET819 era um voo regular, aguardado pelas autoridades aeroportuárias do Aeroporto Internacional de Mavalane. O @Verdade apurou que o voo, que fez escala na Cidade de Maputo e seguiu viajem para a África do Sul, até registou um atraso de cerca de 2 horas ao horário inicialmente previsto.
Fonte: Jornal A Verdade, Moçambique
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