O incêndio de Oliveira de Frades, que deflagrou na segunda-feira e foi considerado dominado esta manhã, consumiu 2.100 hectares de vegetação diversa, sobretudo eucaliptos, segundo dados do satélite Copernicus divulgados hoje pela Proteção Civil.
Pedro Nunes, comandante da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) revelou ao final da tarde que as imagens do satélite se reportam a 48 horas de atividade do incêndio, que deflagrou pelas 11:00 de segunda-feira numa zona de mato na localidade de Antelas, na freguesia de Arcozelo das Maias (distrito de Viseu), alastrando posteriormente aos concelhos de Águeda e Sever do Vouga (distrito de Aveiro).
O incêndio, que foi considerado dominado esta manhã, encontra-se em fase de rescaldo. Pedro Nunes revelou em conferência de imprensa ao final da tarde que 700 operacionais vão continuar de prevenção durante a noite para evitar reacendimentos, uma vez "que a temperatura continua elevada e o terreno está quente".
O contingente de combate às chamas, que inclui bombeiros de diversas corporações do Norte e Centro do país, vai ser depois progressivamente "desgraduado", segundo a expressão do comandante.
"Vamos desgraduar as nossas forças em cerca de 30 por cento até ao fim de semana, mas não vamos baixar a guarda", assegurou o comandante da Proteção Civil.
Durante esta quarta-feira, os 700 operacionais combateram reacendimentos, abriram aceiros e caminhos florestais, com o apoio de sete máquinas de rasto, um helicóptero, um avião de reconhecimento e seis aviões anfíbios.
Um bombeiro de 41 anos morreu na segunda-feira, logo no início do incêndio, enquanto combatia as chamas no concelho de Oliveira de Frades.
Segundo a médica do INEM Paula Neto, além da vítima mortal, há a lamentar oito feridos ligeiros e mais duas dezenas de bombeiros assistidos no local.
O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, visitou hoje o terreno, tendo elogiado a articulação dos vários meios envolvidos no combate ao incêndio de Oliveira de Frades e anunciado que a prevenção e o planeamento serão as prioridades do Governo.
Lusa
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