Restrições só devem ser levantadas quando ambos os países acordarem que é "o momento certo" para tal.
O primeiro-ministro afastou esta quarta-feira o levantamento para breve das restrições de circulação nas fronteiras terrestres entre Portugal e Espanha, alegando que essa decisão será tomada apenas quando os dois países concluírem estarem reunidas as condições de segurança.
António Costa falava aos jornalistas momentos antes de se reunir com o seu homólogo espanhol, Pedro Sánchez, em Andorra - um encontro à margem da XXVII Cimeira Ibero Americana.
"O Governo procede a uma revisão quinzenal da situação. Portanto, para já, as fronteiras vão manter-se fechadas no espírito de boa colaboração que temos mantido com Espanha", declarou o líder do executivo português.
Segundo António Costa, o levantamento das restrições à circulação, apenas acontecerá "quando os dois países concluírem que é o momento certo para o fazer".
"Como se sabe, Portugal está num processo de desconfinamento, mas é um processo de desconfinamento a conta-gotas, em que cada dia temos de medir a evolução da pandemia de Covid-19", alegou.
Já sobre a possibilidade de ser decretada uma nova renovação do estado de emergência em Portugal a partir do próximo dia 30, prolongando-o por novo período de 15 dias, António Costa reiterou que "é uma decisão que cabe ao Presidente da República", Marcelo Rebelo de Sousa.
"Deixar ou não de haver estado de emergência não quer dizer que deixem de existir restrições. O estado de emergência permite a adoção de restrições mais intrusivas na vida pessoal das pessoas, mas, seguramente, não se irá volitar à normalidade. Não voltaremos à normalidade na vida enquanto não tivermos imunidade de grupo - e temos muito de andar nesse sentido", acrescentou.
Lusa
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