Arganil e Golegã recuam no desconfinamento, Montalegre e Odemira não mudam de fase e Lamego pode agora acompanhar as regras da maior parte do território continental.
A ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, anunciou, esta quinta-feira, que o concelho de Lisboa, bem como Chamusca, Salvaterra de Magos e Vale de Cambra, vão entrar em situação de alerta. A informação foi avançada após reunião do Conselho de Ministros.
O Governo decidiu também prorrogar a situação de calamidade até às 23h59 do dia 13 de junho. O nível de incidência em Portugal é 54,4. O Rt é de 1,07, assinalou Mariana Vieira da Silva.
Além dos quatro concelhos que entram agora em alerta, seis saem do estado de alerta: Albufeira, Castelo de Paiva, Fafe, Lagoa, Oliveira do Hospital e Santa Comba Dão, e três continuam: Tavira, Vila do Bispo e Vila Nova de Paiva continuam em situação de alerta.
Arganil e Golegã recuam no desconfinamento. Montalegre e Odemira não mudam de fase de desconfinamento. Golegã, Montalegre e Odemira seguem as regras de 19 de abril. Arganil aplica as regras de 5 de abril.
O concelho de Lamego avança e acompanha o nível aplicado na maior parte do território continental.
Mariana Vieira da Silva afirmou que será a partir da apresentação no Infarmed, sexta-feira, que o Governo tomará decisões e definirá medidas.
Medidas devem ser "adequadas ao tempo que vivemos"
"Continuamos a ter a área de Lisboa e Vale do Tejo a crescer, é necessário continuar a trabalhar e procurar que estas medidas possam produzir os seus resultados", explicou.
Mariana Vieira da Silva esclareceu que o objetivo da aplicação de medidas é limitar o risco de contágio, seja entre pessoas ou entre freguesias e concelhos.
O risco "existe" apesar da vacinação dos mais frágeis. Sobre uma possível nova matriz de risco, a ministra indicou que a atual está em uso desde "o início do mês de março", mas realçou que as medidas devem ser "adequadas ao tempo que vivemos".
O Governo vai ouvir as sugestões dos peritos e o debate nas sessões públicas, pelo que "não vale a pena encontrarmos objetivos finais para a matriz a não ser mantermos a pandemia controlada".
Testes em Lisboa "não são obrigatórios", mas quem puder deve fazê-los
Questionada sobre a pouca adesão à testagem gratuita promovida pela Câmara de Lisboa, Mariana Vieira da Silva destacou que esses são "testes de rastreio mais transversais à comunidade".
Estes "não são obrigatórios", mas sim uma "resposta à disposição dos cidadãos e cidadãs". Ainda assim, a governante apelou a quem os possa fazer que os faça para "poderem identificar-se precocemente o maior número possível de casos".
Com o R acima de 1 "os casos estão a crescer", realçou Vieira da Silva, que pediu ainda mais atenção a sintomas e uma aplicação mais regrada das medidas de saúde pública.
"Estando-nos a aproximar do amarelo, enquanto país, temos de reforçar" o cumprimento das regras.
É preciso saber se a matriz deve ser mudada
A atual matriz "trouxe bons resultados", mas agora é preciso saber se "com outras condições de vacinação" há vantagem em adotar novas regras, esclareceu a ministra Vieira da Silva, questionada sobre se a matriz de risco deve ou não ser mudada.
As medidas tomadas "são as necessárias e não mais do que as necessárias", sublinhou a governante, que garantiu que estas medidas "tão restritivas" só existem "enquanto forem necessárias".
Conhecidas, esta sexta-feira, as conclusões dos peritos, a readaptação das medidas será estudada pelo Governo.
Adeptos que chegaram mais cedo precisam de "acompanhamento mais significativo"
Questionada pela TSF sobre a chegada antecipada de adeptos para a final da Liga dos Campeões, Mariana Vieira da Silva disse que "a situação era distinta" e agora há "maior liberdade para uma pessoa apanhar um avião e deslocar-se ao Porto".
A ministra referiu que o acordo com os dois clubes é de "12 mil bilhetes, com voos charter" e adeptos em zonas próprias. A estes acrescem convites, presenças institucionais e jornalistas.
Ainda assim, a chegada de outros adeptos "por outras vias necessitará de um acompanhamento mais significativo que será feito, como sempre, pelas forças de segurança".
"Apelamos a que todas as regras sejam cumpridas", realçou a ministra.
Gonçalo Teles / Cátia Carmo / Carolina Quaresma / TSF
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