Considerada a «certidão de nascimento» do Brasil, a Carta do Achamento do Brasil de Pêro Vaz de Caminha é um grande texto da História da Humanidade: relato sem rede e de total inocência do encontro feliz de dois povos e de duas culturas que se desconheciam. O texto histórico, que andou perdido e foi depois reencontrado em 1773 no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, em Lisboa, é agora publicado pela Guerra e Paz, numa edição que adapta a linguagem para o português contemporâneo, respeitando a versão integral da Carta de Caminha. Esta edição da Carta do Achamento do Brasil, que conta com um deslumbrante texto do professor Onésimo Teotónio Almeida, chega à rede livreira no próximo dia 15 de Junho como o apoio da Câmara Municipal de Santarém e do semanário regional O Mirante.
Documento único nos escritos da expansão, a Carta do Achamento do Brasil apresenta-nos, através da narração de Pêro Vaz de Caminha, escrivão da Armada de Pedro Álvares Cabral, o fascínio que os navegadores portugueses demonstraram pela terra à qual viriam a chamar Brasil, aquando da sua chegada a terras de Vera Cruz, em 1500.
A obra é agora editada pela Guerra e Paz, numa edição inserida na colecção Livros Brancos que conta com um texto do professor Onésimo Teotónio Almeida, doutorado em filosofia pela da Universidade de Brown, nos Estados Unidos da América, e docente na mesma instituição. O título da brilhante análise que precede a obra de Pêro Vaz de Caminha revela bem a abertura de horizontes dos recém-chegados navegadores portugueses a um universo inteiramente inesperado: A Carta do Deslumbramento com o Brasil.
«A carta de Caminha é algo inteiramente novo e, repita-se, um documento único na história da humanidade. Estou consciente de que me restrinjo à "humanidade europeia" (e especificamente ocidental), mas na minha vasta ignorância não tenho notícia de nada que se lhe assemelhe.», pode ler-se no texto do professor e escritor português que evocou exemplos como os de Marco Polo ou D. João de Castro para confirmar que nenhum outro revelou tal candura perante o inesperado, o maravilhoso descoberto.
O autor convidado pela Guerra e Paz a participar nesta edição deixa ainda o seu contributo para o debate em torno dos termos «Descobrimento» e «Achamento». «Descomplexado», Onésimo afirma que «Descobrir não significa criar» e que «quando Newton descobriu a lei da gravidade, já as maçãs lhe caíam em cima da cabeça», logo, o facto de o Brasil já existir e de ser habitado não invalida, segundo Onésimo, que tenha sido descoberto pelos portugueses.
Num texto «gostoso», a Carta do Achamento do Brasil, bem acompanhada pela A Carta do Deslumbramento com o Brasil, permite-nos a leitura integral de um documento classificado como património nacional, inscrito pela UNESCO no registo «Memória do Mundo» a 29 de Julho de 2005 com o objectivo de sensibilizar o público para a necessidade de preservar e valorizar o património documental.
Carta do Achamento do Brasil chega às livrarias de todo o país no próximo dia 15 de Junho, com o apoio à edição da Câmara Municipal de Santarém e do semanário regional O Mirante, ainda assim o livro pode ser adquirido desde já, em pré-venda, através da loja online da Guerra e Paz, Editores.
Carta do Achamento do Brasil
Pêro Vaz de Caminha
Não-Ficção / História
80 páginas · 15x21 · 12,00 €
Nas livrarias a 15 de Junho
Guerra e Paz, Editores
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