Trabalhadores reivindicam aumentos salariais e um reforço das contratações. Os efeitos deste protesto devem sentir-se até à manhã de sábado.
A greve de 24 horas dos trabalhadores da CP e Infraestruturas de Portugal está a ter um forte impacto na circulação ferroviária. Já esta manhã, a reportagem da Renascença testemunhou que há dezenas de comboios suprimidos, entre suburbanos, regionais e de longo curso.
Fonte da CP avançou que até às 10h00 dos 438 comboios programados realizaram-se 144. Este balanço mostra que foram suprimidos 294: 77 de serviço regional, 18 de longo curso, 49 comboios urbanos do Porto e 150 comboios urbanos de Lisboa.
São também esperadas perturbações na Fertagus, que assegura a ligação ferroviária sobre a Ponte 25 de Abril -entre a Margem Sul e Lisboa. A circulação vai estar mesmo suspensa entre as 9h00 até perto das 16h00.
O Tribunal Arbitral do Conselho Económico e Social decretou serviços mínimos que implicam a realização de cerca de 25% do total da oferta de comboios, sendo de admitir que os efeitos da greve poderão estender-se às primeiras horas da manhã de sábado, dia 9 de outubro.
A Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans) e outras organizações sindicais convocaram para hoje uma greve de trabalhadores da CP e da IP, tendo como principal reivindicação aumentos salariais.
A admissão de trabalhadores, a tomada de medidas para a "harmonização das regras de trabalho na CP e na IP" e "uma calendarização para a negociação da revisão da contratação coletiva" são outros dos pontos a que exigem resposta.
A ausência de respostas da tutela esteve na origem da marcação desta greve, prevendo a CP avisar que poderão ocorrer “fortes perturbações” na circulação de comboios a nível nacional.
RR/Lusa
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