Não é preciso ir muito longe para perceber a inspiração de um dos mais recentes protestos na Cimeira do Clima: o ministro do Tuvalu discursou com os pés dentro de água e o mesmo fizeram os manifestantes em Glasgow, que envergavam retratos de dirigentes como Jair Bolsonaro ou Boris Johnson.
O facto é que, na reta final da COP26, nenhum dos grandes objetivos parece ter sido atingido e quem o afirma são mesmo os responsáveis do Programa da ONU para o Meio Ambiente.
Especialistas como Niklas Hohne, do Instituto NewClimate, salientam que mesmo que se cumpram as promessas feitas neste encontro, as emissões de gases com efeito de estufa em 2030 serão o dobro do necessário para limitar o aquecimento global.
Na verdade, segundo um relatório da ONU, a manter-se o contexto atual, as emissões em 2030 ficarão cinco vezes acima da linha vermelha para impedir que o planeta aqueça 2,7 graus até ao final do século 21.
Ao fim de duas semanas de conversações, até o presidente da cimeira, Alok Sharma, lança o apelo para que os governos definam objetivos mais ambiciosos.
Uma das promessas por cumprir é a atribuição de 50 mil milhões de dólares por parte das nações mais ricas para ajudar os países em desenvolvimento a adaptar-se ao equilíbrio entre crescimento económico e desafios climáticos.
Fonte: euronews
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