Nações responsáveis devem impedir a China de lançar epidemia ‘mata-civilização’. Há motivos para penalizar exemplarmente o governo comunista chinês.
- Luis Dufaur
Oresumo não confidencial do relatório da administração Biden sobre as origens do Covid-19, de 27 de agosto de 2021, reúne dados de 18 agências da comunidade de inteligência dos Estados Unidos — Intelligence Community. O IC apresenta poucas conclusões sólidas; contudo, o presidente americano havia prometido que não relaxaria até apurar toda a verdade sobre a questão.
Segundo o especialista sino-americano Gordon G. Chang[1], do Gatestone Institute, tal afirmação reconhece na realidade que o relatório é fraco, pois caso não se conheça a verdade, a China poderá ainda se evadir da acusação pelo crime do século. Chang julgou, no entanto, que até mesmo com pontos indefinidos, o relatório se presta para acusar Pequim em âmbito internacional, com aplicação das medidas cabíveis.
Para Chang, essas medidas seriam imperativas para que as nações responsáveis impeçam o Partido Comunista da China (PCCh) de lançar alguma nova epidemia ‘mata-civilização’, uma vez que o Exército Popular de Libertação da China estaria desenvolvendo uma arma bacteriológica para dizimar sociedades inteiras.
Nesse resumo do referido relatório, lê-se que Pequim “continua dificultando a investigação, resistindo ao compartilhamento de informações, além de colocar a culpa em outros países, incluindo os EUA”. Nada justifica tais atitudes, pontua Chang. Só o fato de recusar esses dados já é motivo suficiente para penalizar Pequim, pois os acordos internacionais o obrigam a disponibilizá-los às nações concernidas.
O especialista extrai do relatório dois outros motivos pelos quais deverão ser tomadas providências. O primeiro é que as autoridades chinesas esconderam o surto durante pelo menos cinco semanas e depois mentiram sobre a sua transmissibilidade entre humanos. Divulgaram que a Covid-19 não era contagiosa, quando na realidade, sabiam que era. Eles não podiam ignorar que o vírus provocaria a morte de grande número de pessoas fora da China. E esse procedimento pareceu intencional.
O segundo, talvez ainda mais grave, é o fato de os militares chineses se encontrarem debruçados sobre uma próxima geração de agentes causadores de enfermidades (patógenos) mais mortíferos. A conceituada revista Ciência da Estratégia Militar, da Universidade de Defesa Nacional do Exército de Libertação Popular chinês, em sua edição de 2017, discutiu um novo tipo de guerra biológica caracterizada por “ataques genéticos étnicos direcionados”.[2]
Com efeito, Bill Gertz, do jornal Washington Times[3], fala de “armas biológicas capazes de atacar certos grupos étnicos específicos”, com base em depoimentos de um desertor do Exército vermelho familiarizado com os experimentos. Para este fim, Pequim coleta perfis genéticos de povos estrangeiros, por vezes em troca de vacinas. Mas, ao mesmo tempo, impede que os perfis dos chineses saiam da China.
Isso reforça o temor de que os militares chineses violam a Convenção de Armas Biológicas e elaboram armas biológicas para dizimar etnias escolhidas a dedo[4]. “Intencional ou não, a liberação da Covid-19 forneceu ao Exército Popular de Libertação da China a experiência para um ataque biológico com sucesso letal”, acrescentou Richard Fisher, do Centro Internacional de Avaliação e Estratégia à revista American Consequences.[5]
Armas biológicas “mata-civilização”
Até o presente momento, em que redijo este artigo, a Covid-19 já matou cerca de 4,5 milhões de pessoas mundo afora, paralisando países em todo o planeta. Para o elementar senso humanitário, a arma bacteriológica é tão perigosa que jamais chegará a ser empregada. De fato, liberado o vírus mortal, não se pode garantir que não dizime também o país difusor. Mas o PCCh não raciocina assim.
“No Congresso de 1958 […] Mao Tsé-Tung explicou a seu auditório que se pessoas morriam em consequência da política do Partido, não seria preciso se assustar, mas se regozijar. […] A morte é verdadeiramente uma causa de regozijo. […] Nós estamos dispostos a sacrificar 300 milhões de chineses pela vitória da revolução mundial, declarou em Moscou em 1957”[6], quando esse número equivalia à metade da população naquela época na China.
Cleo Paskal, da Foundation for Defense of Democracies, ressaltou que “o Partido Comunista da China montou uma listagem empírica denominada Poder Nacional Abrangente – CNP (sigla em inglês) a fim de classificar os países”. Em termos simples, essa lista define o grau de degradação da saúde que se quer provocar num certo povo, ainda que prejudicando o povo chinês.
Os líderes comunistas sabem do estrago que uma pandemia pode causar em seu país, mas a aceitariam de bom grado desde que ela degradasse ainda mais os adversários, salientou Paskal no reputado Chatham House. O CNP fornece a tabela da balança de contaminação do inimigo e da eventual autodestruição. Se a resultante for positiva, o perverso lucro justificaria o genocídio da civilização.
Os laboratórios chineses procuram um vírus, talvez em função do DNA, para abater grupos étnicos não chineses como os uigures muçulmanos, ou tibetanos, que resistem à opressão de Pequim. Essa arma de genocídio forneceria a Xi Jinping o domínio universal sonhado por seu mestre Mao Tsé-Tung. Na mente diabólica dos marxistas pequineses, uma pandemia poderia fazer da China a única sociedade viável do planeta, escravizando uma massa de povos indefesos. E isso justificaria tudo.
Em face desse objetivo, o mundo necessita muito mais do que justiça ou indenização. Precisa de dissuasão, afirma Chang. Mas Biden mostra pouco ou nenhum interesse em responsabilizar a China pela pandemia, e não parece olhar para mais nada. Ele teria ordenado a última avaliação da IC para abafar o alvoroço causado por uma reportagem da CNN.
Portanto, é uma conveniência política episódica. Se for assim, Biden acabou por indicar a Xi Jinping que pode matar milhões de não-chineses com um patógeno, pois não sofrerá penalidade alguma. Se o ditador chinês não receber um basta categórico, tentará fazê-lo quando puder, conclui Chang.
Guerra bacteriológica e Fátima
Em 12-4-74, o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira comentou o livro — hoje superado pelos modernos desenvolvimentos — A Guerra Silenciosa, de Robin Clarks[7]. Nele, ambientes militares achavam que “os efeitos das armas bacteriológicas são desconhecidos porque nunca foram empregados em larga escala na guerra. Sua utilização poderia acarretar uma catástrofe pior que a provocada por uma conflagração nuclear”.
À época, isso já não soava novo para Dr. Plinio. Ele previra que os castigos anunciados em Fátima poderiam incluir armas atômicas, químicas e bacteriológicas que estariam sendo elaboradas em laboratórios secretos. E advertia:
“Da guerra química ainda talvez seja possível fugir; mas da guerra bacteriológica é quase impossível. Porque se puser um cinturão de guardas para impedir que os intoxicados fujam, esses contaminam os guardas”. Se algo disso vier a ser utilizado, acrescentava ele: “O medo da bomba atômica, da bomba de hidrogênio, da guerra bacteriológica e química, poderá produzir fenômenos imprevisíveis. Nós estamos vivendo um pesadelo transformado em realidade”. E a pandemia mostrou algo disso, acrescentamos nós.
Mas Dr. Plinio exortava a raciocinar com muita prudência, pois “não se trata nem um pouco de achar que isso é provável; mas apenas possível, e de indagar com calma os indícios que possam desmenti-lo ou confirmá-lo. O modo de desmoralizar a investigação é se apressar considerando provável o que é simplesmente possível. É preciso ter a coragem de resistir à atração do fantasioso e cultivar no mais alto grau essa forma de equilíbrio, sob pena de enlouquecermos”.
Em 20-8-91 ele voltou a se referir a essa questão, e acrescentou: “Uma guerra mundial terá como corolário a guerra bacteriológica em que haverá ondas que deformem o juízo das nações e as lancem em caminhos que ninguém pode prever. Nós estamos diante da possibilidade de uma catástrofe de efeitos devastadores como o Dilúvio, o fogo que caiu sobre Sodoma e Gomorra, a Torre de Babel, ou como o cerco de Jerusalém e daí para fora”.
A crise do processo revolucionário mundial tornou mais vivas as desconfianças levantadas por Dr. Plinio em 12-9-92: “A extrema periculosidade da bomba bacteriológica constitui certo freio a que ela seja utilizada. Mas em situações extremas, um país numa atitude de delírio pode bombardear bacteriologicamente o adversário. Poder-se-ia compreender uma loucura dessa natureza, por exemplo, em Hitler no último período da guerra”.
As crescentes tendências conservadoras na Igreja e no mundo civil põem em xeque a marcha da Revolução gnóstica e igualitária, a ponto de seus porta-vozes mencionarem uma III Guerra Mundial da qual até o Papa Francisco já falou.
Vemos no momento milhões de chineses se revoltando pelo temor da falência de imensas construtoras nas quais investiram para conseguir uma moradia, além de imensas bolhas financeiras chinesas deprimindo as bolsas de valores do planeta.
Ao mesmo tempo, Pequim ordena mais um simulacro de invasão de Taiwan, país apoiado pelos EUA, empregando mais de 150 jatos de guerra e bombardeiros, enquanto um submarino nuclear americano sofria misterioso choque no Mar da China. Se alguma provocação tivesse se concretizado, o mundo poderia ter acordado imerso numa inesperada e apocalíptica III Guerra Mundial.
Numa situação de desespero, a Revolução universal — que por muitos séculos vem conduzindo o processo de descristianização do Ocidente por meios ora graduais e pacíficos, ora abertos e brutais — não poderia detonar algo assim?
ABIM
[1]) https://www.gatestoneinstitute.org/17709/china-crime-of-the-century
[2]) [N.R.: Não encontramos essa edição na Internet. Mantemos a informação sob caução, considerando que o autor, ligado a ambientes de inteligência, pode ter acessado fontes confidenciais].
[3]) https://www.washingtontimes.com/news/2020/sep/16/second-china-defector-gives-biological-weapons-inf/
[4]) id. ibid.
[5]) https://americanconsequences.com/chinas-role-in-the-pandemic-negligent-or-criminal/
[6]) Jung Chang e Jon Halliday, Gallimard, Paris, 2006, 843 p., págs. 478-479.
[7]) Biblioteca do Exército, Laudes Editora, 1970.
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