sexta-feira, 5 de agosto de 2022

Hepatites Virais

 

Governo agiliza acesso a tratamentos de hepatite C.

O Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, anunciou hoje, dia 28 de julho, que o Governo procedeu, esta semana, à alteração da Portaria que revê o regime especial de comparticipação para medicamentos destinados ao tratamento da doença de hepatite C, desburocratizando o Portal da Hepatite C, de forma a tornar mais ágil e rápido o acesso dos doentes a estes tratamentos.

“Assim estamos a garantir mais e melhor acesso às terapêuticas inovadoras, para mais e melhor vida dos nossos cidadãos”, afirmou o governante, na sessão de encerramento do evento de apresentação do Relatório do Programa Nacional das Hepatites Virais, da Direção-Geral da Saúde, a assinalar o “Dia Mundial das Hepatites Virais”.

Desde 2015, altura em que Portugal adotou a estratégia de tratar, com antivirais de ação direta, todas as pessoas infetadas pelo vírus da hepatite C independentemente do estadio da doença, assumindo-se como um dos primeiros países, a nível europeu e mundial, a implementar esta medida, foi possível iniciar o tratamento em mais de 28.000 utentes e curar mais de 18 mil.

Um dos aspetos em destaque no relatório do Programa Nacional para as Hepatites Virais, apresentado esta quinta-feira, foi a redução do número de novos casos de hepatite C em contexto de diálise, nas prisões e entre os utilizadores de drogas injetáveis, nos últimos cinco anos.

“Portugal alcançou progressos extraordinários e resultados significativos, com impactos substanciais nas políticas de apoio às pessoas com doença hepática”, referiu Lacerda Sales, destacando, entre outras, “a forma progressista como, face à elevada prevalência de hepatite junto da população prisional, Portugal implementou um programa de prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças infeciosas junto dos reclusos”.

Outro dos aspetos positivos em destaque é a tendência crescente da testagem nas hepatites B e C. O aumento anual de 33% na testagem para as hepatites B e C é precisamente uma das metas do programa até 2024, tal como a redução de 50% da mortalidade por cancro ou cirrose ou o tratamento de mais de 90% das pessoas elegíveis com estes tipos de hepatite.

O trabalho em equipa de todas as estruturas da saúde e apoio social, a promoção da literacia e o acesso facilitado a tratamento e cuidados médicos são essenciais para cumprir os objetivos de eliminação das hepatites virais pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para 2030 – a diminuição em 90% do número de novos casos de infeção por hepatite B e C e a redução em 65% da mortalidade associada.

“Portugal alcançou progressos extraordinários e resultados significativos, com impactos substanciais nas políticas de apoio às pessoas com doença hepática”, referiu Lacerda Sales.

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