O Presidente da Câmara Municipal de Lisboa fez um balanço depois das inundações que assolaram a capital na noite de quarta-feira.
"Ontem as nossas equipas conseguiram resgatar mais de 14 pessoas que estavam em situação muito difícil. Felizmente não há feridos graves no município de Lisboa", anunciou Carlos Moedas. Falando em "muitos danos materiais", Moedas realçou, porém, não ter havido "dano da vida humana".
De acordo com Moedas, foram registados “87 milímetros [cúbicos] de água" entre as 17:00 de quarta-feira e as 01:00 de quinta-feira, "algo que não se via desde 2014".
Tal como já tinha frisado durante a madrugada, o autarca apontou as alterações climáticas como a causa para "estes fenómenos extremos", que "estão a acontecer cada vez mais”. "Em três meses, Lisboa já teve três fenómenos desta dimensão, em outubro, novembro e dezembro, sendo este o de maior dimensão”, alertou.
Por essa razão, Moedas voltou também a destacar a necessidade de avançar para a construção dos túneis de drenagem na capital, anunciando que, com a aprovação do Orçamento Municipal, as obras deverão ter início em março.
O projeto consistirá em dois túneis de drenagem, a 70 metros de profundidade, com um a ir de Campolide até Santa Apolónia e outro de Chelas até Beato para escoar a água em caso de chuvas intensas. O autarca pediu "paciência" aos lisboetas dada a envergadura que a obra tem e a disrupção que os trabalhos terão na mobilidade na cidade.
Ao todo, os Sapadores Bombeiros de Lisboa registaram 292 ocorrências entre as 21:00 de quarta-feira e as 07:30 de hoje devido ao mau tempo que se abateu na capital, a maioria das quais inundações em habitações e na via pública.
Mardremedia
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