O executivo da
Câmara Municipal de Cantanhede deliberou aprovar, por unanimidade,
na sua reunião desta quarta-feira, 21 de agosto, um “sentido
e respeitoso voto de pesar”
pelo falecimento de Carlos Garcia, assinalando “o
valioso percurso marcado por um imenso respeito pelas raízes e por
uma assinalável capacidade de reconstruir e interpretar alguns dos
fatores da identidade local, mas também pelo humanismo, a cortesia,
o respeito pelos outros, o imenso saber e a extraordinária dedicação
à comunidade”.
Empresário,
dirigente associativo, escritor e um acérrimo defensor e promotor
dos costumes e tradições locais, Carlos de Jesus Garcia faleceu no
passado dia 11 de agosto. “Desde
muito jovem participou ativamente na vida social, cultural e
associativa do concelho, integrando diversas coletividades”,
refere a proposta apresentada pela presidente da autarquia, Helena
Teodósio.
O texto da
proposta que a autarca submeteu à votação do executivo camarário
aponta ainda a escrita como “outro
dos traços marcantes do percurso de vida de Carlos Garcia, sendo
autor de documentos incontornáveis para a reconstituição da
memória histórica e da identidade sociocultural do concelho de
Cantanhede”.
Carlos de Jesus
Garcia nasceu em 1932, em Cantanhede, onde residia. Desde os 12 anos
até à reforma, aos 68 anos, exerceu a profissão de
carpinteiro/marceneiro, tendo-se distinguido como empresário nessa
área.
Para além da
vida associativa, protagonizou ainda diversas atividades e ações de
cariz religiosas, como a participação em programas de rádio.
Foi também o
“promotor, zeloso criador e
dinamizador” do Museu Rural e
Etnográfico do Rancho Regional “Os Esticadinhos” de Cantanhede,
cujo espólio valorizou com a oferta de centenas de peças, bem como
em diversas manifestações de tradições culturais como os corsos
de Carnaval, o Cortejo de S. Tiago e as Marchas Populares.
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