A
notícia não pode deixar-nos alheios: um casal de emigrantes
trabalhou na Suíça numa vida dura. Nesse período compraram
propriedade em Portugal, na sua terra natal. Regressaram quando
surgiu a aposentação. Chegados
a Portugal souberam que a sua propriedade havia sido passada para
outros.
Usando o mecanismo legal da Usucapião (aquele instrumento legal que
permite que alguém comprove que cuida da propriedade durante alguns
anos e a reclame para si, na ausência dos seus proprietários).
Uma
vida de trabalho duro longe da família e são roubados. Lesados
do BES e de outras manobras fraudulentas. Deve ser desesperante
perder uma vida de poupanças, criadas com tanto (…demasiado)
sacrifício.
Cerca
de quatro
mil milhões de euros é o valor anual das
remessas dos nossos emigrantes.
Para
o leitor ter uma ideia do que representa este montante enviado
anualmente para Portugal é
superior aos fundos comunitários que recebemos!
Em
termos de proporção da população, Portugal é
o
país
da Europa com mais emigração e o 8.º
em
todo o mundo. Cerca de 20 mil emigrantes regressam todos os anos para
voltar a viver definitivamente na sua terra natal. Mas, os que
emigram todos os anos são em número superior. Cerca
de 70 mil por ano! Por isso, as remessas tem tendência para
aumentar.
O
dinheiro que os nossos emigrantes enviam
por confiaram que
as suas poupanças e investimentos estão seguros têm que ser bem
protegido. Talvez alguma coisa se possa fazer neste capítulo para
proteger melhor estes nossos estimados cidadãos.
*EDUARDO
COSTA, jornalista, presidente da Associação Nacional da Imprensa
Regional
(Esta
crónica é publicada por cerca de 50 jornais)
Destaque
“Talvez
alguma coisa se possa fazer para proteger melhor estes nossas
estimados cidadãos”
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