Numa das edições do nosso Boletim InfoADASCA, abordei os meios como o IPST interfere nas actividades desta associação, limitando a sua autonomia, apesar de se tratar duma associação de direito privado sem fins lucrativos. Não podemos agendar brigadas quando queremos, nem onde nos parece útil. É mais fácil desmarcar uma brigada do que reagendar, as exigências são mais do que muitas, essa uma das razões que não nos interessa realizar sessões nas empresas, aliás, onde nos deslocámos sabem do que me refiro. Ser exigente em espaço alheio, é deselegante.
A
ADASCA necessita urgentemente duma sede própria, com condições
estruturais para acolhimento dos dadores, equipa técnica e, claro
para o bom funcionamento dos órgãos sociais, e espaço para
“armazenar” a sua logística destinada à promoção da dádiva
de sangue em espaços abertos ou fechados, conforme as
circunstâncias.
Vejamos
o ponto crucial: ”Apoio
financeiro nos termos da Portaria nº 258/2013, de 13/08. São
consideradas despesas não elegíveis, designadamente: encargos
bancários (com exceção das despesas de manutenção da conta afeta
ao projeto), custas judiciais, leasings, medicamentos, equipamento e
material de uso clínico, artigos de decoração, aquisição de bens
móveis ou imóveis sujeitos a registo e outros de semelhante
natureza e outros encargos decorrentes de obrigações de pagamento
coercivo, relacionados com incumprimentos legais ou contratuais, como
juros, multas, coimas, etc.”
É
melhor ficarmos quietos, deixar o barco movimentar-se ao sabor do
vento ou das ondas. Já se foi o tempo em que eu ficava “deleitado”
quando ouvia elogios pela dedicação à causa, pelos resultados
alcançados, pela dinâmica decorrente dos eventos. O mundo, e por
sua vez a sociedade não estão para brincadeiras. Primeiro os
direitos, depois os deveres.
Em
relação ao título desta reflexão a “ADASCA necessita de sede
própria” sim, e com urgência. Não podemos continuar nesta
incerteza, nesta angústia e instabilidade. Após o Covid-19 as
relações interpessoais mudaram, até entre as instituições na
área da saúde. Andar a pedir que nos deixem realizar brigadas aqui,
ali e acolá, é confrangedor, ainda que se trate de um evento de
interesse público.
Umas
instalações à semelhança (dimensões) do auditório da ex-Junta
de Freguesia de Cacia onde nos deslocamos 3 vezes por ano, já seria
o ideal, com espaço anexo para estacionamento das viaturas dos
dadores, associação, e equipa técnica do IPST, incluindo os
serviços administrativos. Vivemos uns anos na esperança que o
actual presidente da Câmara Municipal de Aveiro, nos apoiasse neste
projecto. Claro que é necessário terreno e apoio financeiro, mas,
ficaria a ganhar a comunidade aveirense e a região. Se existem
apoios financeiros da Comunidade Europeia para tudo e mais alguma
coisa…
Vamos
aguardar que apareça uma luzinha no fundo do túnel, ficamos todos a
ganhar com tal projecto. Senhor presidente pense nesta mais valia.
Fundador/Presidente da Direcção da ADASCA
** Director do Litoral Centro
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