A candidata
presidencial Maria de Belém Roseira defendeu hoje que o Conselho de Estado deve
ser constituído por "representantes do espectro político partidário
português" para que o Presidente da República contacte com a realidade
nacional.
Em
declarações aos jornalistas à margem de uma visita a Viana do Castelo, Maria de
Belém foi questionada sobre os nomes que compõem as listas para o Conselho de
Estado, as quais serão votadas na sexta-feira no parlamento, e manifestou-se
"satisfeita", considerando que aquele órgão consultivo do Presidente
da República "deve ter uma representação mais alargada".
"Não
me devendo imiscuir nas competências da Assembleia da República, nos nomes que
a Assembleia da República entende eleger, se este espectro mais alargado não
estivesse garantido por essa via eu, se merecer a confiança dos portugueses e
for eleita Presidente da República, garantiria por aquilo que é considerada a
quota do Presidente da República, essa representação mais alargada",
defendeu.
Para
a candidata, essa "representação alargada" no Conselho de Estado
"é absolutamente essencial, para que o Presidente da República contacte
com toda a realidade político partidária nacional".
A
lista da esquerda parlamentar é encabeçada pelo líder da bancada socialista,
Carlos César, seguido do antigo coordenador do Bloco de Esquerda Francisco
Louçã e a terceira posição é ocupada pelo dirigente histórico do PCP Domingos
Abrantes.
Nos
lugares considerados de eleição não direta para o Conselho de Estado, figura em
quarto lugar a eurodeputada socialista e antiga ministra Maria João Rodrigues e
na quinta posição a ex-deputada socialista e especialista em educação Ana Maria
Bettencourt.
A
lista de candidatos ao Conselho de Estado proposta pelo PSD e pelo CDS-PP
inclui, por esta ordem, Francisco Pinto Balsemão, Adriano Moreira, Rui Machete,
Fernando Ruas e Paula Teixeira da Cruz.
Como
suplentes, PSD e CDS-PP indicam Nuno Melo, Teresa Morais, Pedro Reis, Diogo
Feio e José Matos Rosa.
A
Assembleia da República vai eleger na sexta-feira os seus cinco representantes
no Conselho de Estado com base no método d'Hondt, o que deverá resultar na
eleição de três elementos da lista conjunta do PS, do Bloco de Esquerda e do
PCP, e de dois elementos da lista do PSD e do CDS-PP.
Na
deslocação hoje à capital do Alto Minho, que incluiu a receção na Câmara
Municipal pelo presidente socialista José Maria Costa e uma visita ao antigo
navio hospital Gil Eanes, a ex-presidente do PS, escusou-se a fazer comentários
sobre a candidatura presidencial que o PS poderá apoiar numa eventual segunda
volta.
"As
iniciativas de candidatura são pessoais, independentes dos partidos. Sinto-me
muito confortável com esta situação. Evidentemente, tenho apoios cada vez mais
alargados de personalidades do partido socialista o que é normal porque sou uma
militante antiga do PS (...) Vejo como muito natural que, sendo militante
socialista que haja muitos socialistas que me apoiem mas também não tenho
nenhuns comentários relativamente uma posição de um partido porque esta
candidatura está para além dos partidos", disse.
Adiantou
que a existência de "muitos" candidatos às eleições presidenciais
"favorece uma maior participação nas eleições porque as pessoas têm uma
possibilidade de escolha mais alargada".
"Acho
que é importantíssimo que diminua o nível de abstenção que se tem verificado em
todos os atos eleitorais", sustentou.
Fonte:
lusa
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