O Sporting confirmou num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) que foi condenado pelo Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) a pagar mais de 12 milhões de euros à Doyen Sports.
"Com referência aos jogadores Marcos Rojo e Zakaria Labyad, a Sociedade foi notificada na presente data da sentença proferida", em que o TAS "decidiu pela validade do acordo de participação em direitos económicos (ERPA) , tendo condenado a Sporting SAD no pagamento de euro 12.013.990,00, acrescido dos concomitantes juros", pode ler-se no documento.
Além disso, " é conferido à Doyen, em caso de futura venda do atleta Marcos Rojo pelo Manchester United acima de euro 23.000.000,00, o direito a receber 75% do montante que a Sporting SAD venha a receber, que corresponde a 20% da mais valia acima do identificado valor".
Bruno de Carvalho utilizou o Facebook para garantir que a luta por um futebol "digno e credível" está longe de ter terminado, recusando identificar-se com um mundo que, segundo diz, cada vez mais o envergonha.
O presidente do Sporting afirma que "o futebol não tem a mínima condição de se auto regular, com a sua disciplina e justiça a demonstrarem constantemente permeabilidade e debilidade, perante um sistema que teima em se manter vivo".
Bruno de Carvalho garante que o Sporting continuará a dar o corpo às balas, e a resolver todos os obstáculos que têm surgido e outros que irão aparecer. E em 2016, reforça o presidente dos leões, "num subsistema onde tudo vale e os bandidos reinam, será dada a devida resposta, mantendo o foco o rumo e a identidade", pedindo a continuidade do apoio dos sportinguistas.
Alerta para que a força da razão e da perseverança nunca seja subestimada. Pede que não se entre em depressão e volta a garantir que o Sporting tem razão.
Bruno de Carvalho termina com mais um desabafo, "o futebol não pode nem deve ser tomado de assalto e os governos do mundo e a justiça comum já perceberam que tem de se colocar um fim num futebol que se transformou num subsistema opaco, cheio de negociatas, corrupção e onde a criminalidade, nomeadamente pagamento de luvas, apostas ilegais e lavagem de dinheiro, são ações a combater de imediato".
Estas declarações surgem depois de o Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) ter dado razão à Doyen Sports no conflito que tem com o Sporting, devido à transferência do futebolista Marcos Rojo para o Manchester United, em 2014.
O clube lisboeta e a Doyen (que investiu 3 milhões de euros e era detentora de 75% dos direitos económicos do defesa internacional argentino) entraram em conflito no ano passado, devido à proposta do Manchester United para a transferência do Rojo, que acabou por acontecer por 20 milhões de euros.
Dias antes da mudança do defesa para Old Trafford, o Sporting rescindiu unilateralmente os contratos que tinha com o fundo de investimento, relativos aos jogadores Rojo e também ao marroquino Labyad, alegando justa causa.
Com esta decisão, o clube de Alvalade restituiu à Doyen os 3 milhões de euros que o fundo tinha investido no jogador e pagou 4 milhões ao Spartak Moscovo, clube em que Rojo tinha atuado antes de ingressar em Alvalade e que tinha direito a uma percentagem numa futura transferência.
Na altura, em agosto de 2014, o Sporting anunciou que, da restante verba que recebeu do Manchester United, iria investir 9 milhões de euros na construção de um novo pavilhão para o clube.
Fonte: TSF
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