terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Alguns dirigentes associativos e federativos do mundo da dádiva de sangue transformaram-se em arco-íris


Alguns dirigentes associativos e federativos (os arco-íris) devem lembrar-se de esta instituição ter previsto que o banqueiro promovido a ministro, iria deixar os cacos que ainda sobrassem para o seu sucessor os colar. Assim aconteceu.
Nós não esquecemos a falta de respeito que esse individua teve para com os dadores de sangue e entidades governamentais que assinaram a Lei nº 37/2012 de 27 de Agosto Estatuto do Dador e que deitou para o balde do lixo, não regulamentando o mesmo.
Nós não esquecemos a trapalhada do Seguro do Dador (que foi instituído para não funcionar) nos moldes em que tomou forma, onde ainda alguns (poucos) enganam os dadores vendendo gato por lebre. Ficou bem patente nas explicações dadas na 5ª Convenção, que não convenceram ninguém presente.
Nós não esquecemos o famigerado CNDS que desde á quatro anos, faz que anda mas não anda, pois não tem qualquer utilidade para o dador, visto não existirem nem nas unidades hospitalares nem nos Centros de Saúde, os leitores adequados à sua leitura, valha-nos os velhinhos cartões que vão fornecendo ainda informação aos dadores. Ficou bem patente nas explicações dadas na 5ª. Convenção, que não convenceram ninguém presente. Isto acontece quando se pretende fazer a casa pelo telhado, dá borrada.
Nós não esquecemos as declarações insultuosas feitas na Comunicação Social por um alto responsável da dádiva de sangue em que apelidou os dadores de terroristas do sangue e sindicalistas, levando a que parte da sociedade civil ficasse contra os dadores esquecendo-se os mesmos que são esses mesmos dadores que fornecem o sangue gratuito e voluntário, para os hospitais e que possivelmente essa mesma sociedade vai usufruir desse precioso líquido.
Nós não esquecemos o ofício (que temos em nosso poder) em que o banqueiro promovido a ministro para justificar o erro que tinha, feito enviou á Comissão Parlamentar de Saúde, em que afirmava que a reposição das Taxas Moderadoras, acarretava o valor de 7.4 milhões de euros anuais, esquecendo-se que os dadores são pessoas saudáveis.
Nós não esquecemos o episódio de alguns dirigentes federativos abandonaram um evento que promoveram para irem a correr ao Hospital de Santa Maria, para estarem presentes na doação de sangue que o banqueiro promovido a ministro iria fazer (se calhar a primeira) para ficarem na fotografia.
Nós não esquecemos muitas e muitas trapalhadas realizadas nas costas dos dadores e os cortes realizados em funcionários que fizeram com que muitas e muitas acções de colheita fossem dizimadas, sabendo-se que os níveis de valores das reservas de sangue eram mínimas ou muito mínimas.
Nós não esquecemos o silêncio das federações e seus dirigentes quando do alerta dado pela Imprensa sobre o aproveitamento do Plasma Sanguíneo e os débitos do SNS e Unidades Hospitalares privadas, ao IPST do fornecimento de derivados do sangue que todos nós doamos voluntariamente, sim silencio premeditado pois de outra maneira lá se iriam as benesses.

Nós não esquecemos que em todas estas tropelias, os agora autodenominados arautos da solidariedade não tivessem vindo a terreiro pugnar pela Dignificação do Dador entretidos que estavam a defender os seus tachos junto de deputados da moribunda maioria governativa e agora mudaram de casaca e vão a todas ou quase todas junto de elementos do actual elenco governativo para continuar a defender esses mesmos tachos e benesses (aí grandes arco-íris).
Nós não esquecemos que nesta instituição e muitas instituições espalhadas pelo País os seus dirigentes e Promotores da Dádiva são pessoas cujo ideal foi e é ajudar a que a dádiva, o dador e o doente.
A esses resta-nos prestar a nossa homenagem visto serem dignos dessa mesma homenagem.
É por isso mesmo que esta instituição ao longo de quinze anos sempre fez a diferença, pois a sua linha foi e será sempre pela Dignificação do Dador e nunca para se servir desse mesmo dador.
Nós não esquecemos que os dadores de sangue merecem todo o respeito pois são eles o motor da Dádiva de Sangue.

José Sousa Passos
Presidente da Direcção de Dadores de Sangue do distrito de Viana do Castelo e,
Presidente da Plataforma Nacional Independente dos Dadores de Sangue e Medula Óssea



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