Alguns
dirigentes associativos e federativos (os arco-íris) devem lembrar-se de esta
instituição ter previsto que o banqueiro promovido a ministro, iria deixar os
cacos que ainda sobrassem para o seu sucessor os colar. Assim aconteceu.
Nós
não esquecemos a falta de respeito que esse individua teve para com os dadores
de sangue e entidades governamentais que assinaram a Lei nº 37/2012 de 27 de
Agosto Estatuto do Dador e que deitou para o balde do lixo, não regulamentando
o mesmo.
Nós
não esquecemos a trapalhada do Seguro do Dador (que foi instituído para não funcionar)
nos moldes em que tomou forma, onde ainda alguns (poucos) enganam os dadores
vendendo gato por lebre. Ficou bem patente nas explicações dadas na 5ª
Convenção, que não convenceram ninguém presente.
Nós
não esquecemos o famigerado CNDS que desde á quatro anos, faz que anda mas não
anda, pois não tem qualquer utilidade para o dador, visto não existirem nem nas
unidades hospitalares nem nos Centros de Saúde, os leitores adequados à sua
leitura, valha-nos os velhinhos cartões que vão fornecendo ainda informação aos
dadores. Ficou bem patente nas explicações dadas na 5ª. Convenção, que não
convenceram ninguém presente. Isto acontece quando se pretende fazer a casa
pelo telhado, dá borrada.
Nós
não esquecemos as declarações insultuosas feitas na Comunicação Social por um
alto responsável da dádiva de sangue em que apelidou os dadores de terroristas
do sangue e sindicalistas, levando a que parte da sociedade civil ficasse
contra os dadores esquecendo-se os mesmos que são esses mesmos dadores que
fornecem o sangue gratuito e voluntário, para os hospitais e que possivelmente
essa mesma sociedade vai usufruir desse precioso líquido.
Nós
não esquecemos o ofício (que temos em nosso poder) em que o banqueiro promovido
a ministro para justificar o erro que tinha, feito enviou á Comissão
Parlamentar de Saúde, em que afirmava que a reposição das Taxas Moderadoras,
acarretava o valor de 7.4 milhões de euros anuais, esquecendo-se que os dadores
são pessoas saudáveis.
Nós
não esquecemos o episódio de alguns dirigentes federativos abandonaram um
evento que promoveram para irem a correr ao Hospital de Santa Maria, para
estarem presentes na doação de sangue que o banqueiro promovido a ministro iria
fazer (se calhar a primeira) para ficarem na fotografia.
Nós
não esquecemos muitas e muitas trapalhadas realizadas nas costas dos dadores e
os cortes realizados em funcionários que fizeram com que muitas e muitas acções
de colheita fossem dizimadas, sabendo-se que os níveis de valores das reservas
de sangue eram mínimas ou muito mínimas.
Nós
não esquecemos o silêncio das federações e seus dirigentes quando do alerta
dado pela Imprensa sobre o aproveitamento do Plasma Sanguíneo e os débitos do
SNS e Unidades Hospitalares privadas, ao IPST do fornecimento de derivados do
sangue que todos nós doamos voluntariamente, sim silencio premeditado pois de
outra maneira lá se iriam as benesses.
Nós
não esquecemos que em todas estas tropelias, os agora autodenominados arautos
da solidariedade não tivessem vindo a terreiro pugnar pela Dignificação do
Dador entretidos que estavam a defender os seus tachos junto de deputados da
moribunda maioria governativa e agora mudaram de casaca e vão a todas ou quase
todas junto de elementos do actual elenco governativo para continuar a defender
esses mesmos tachos e benesses (aí grandes arco-íris).
Nós
não esquecemos que nesta instituição e muitas instituições espalhadas pelo País
os seus dirigentes e Promotores da Dádiva são pessoas cujo ideal foi e é ajudar
a que a dádiva, o dador e o doente.
A
esses resta-nos prestar a nossa homenagem visto serem dignos dessa mesma
homenagem.
É
por isso mesmo que esta instituição ao longo de quinze anos sempre fez a
diferença, pois a sua linha foi e será sempre pela Dignificação do Dador e
nunca para se servir desse mesmo dador.
Nós
não esquecemos que os dadores de sangue merecem todo o respeito pois são eles o
motor da Dádiva de Sangue.
José
Sousa Passos
Presidente
da Direcção de Dadores de Sangue do distrito de Viana do Castelo e,
Presidente
da Plataforma Nacional Independente dos Dadores de Sangue e Medula Óssea
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