sábado, 29 de outubro de 2016

DESCOBERTO UM MISTERIOSO CEMITÉRIO DE NAVIOS NO FUNDO DO MAR NEGRO


 
Cemiério de navios no fundo do Mar Negro
Foi por mero acaso que uma equipa de arqueólogos descobriu um misterioso cemitério com cerca de 40 navios naufragados no fundo do Mar Negro, na costa da Bulgária.
Os investigadores estavam a fazer o mapeamento do leito marinho do Mar Negro, no âmbito de um projecto de arqueologia marítima que envolve diversas universidades e entidades mundiais.
Usando equipamento subaquático de alta tecnologia, incluindo dois submarinos controlados remotamente, para vasculhar o fundo do mar, os arqueólogos tropeçaram na misteriosa frota de cerca de 40 navios.
As pesquisas faziam-se a profundidades entre os 300 e os quase 1900 metros, reporta o jornal britânico The Sun.
Os navios naufragados estavam imersos a um nível tão fundo, onde o oxigénio é muito escasso, que se encontram em excelentes condições de preservação, afirma o professor Jon Adams, da Universidade de Southampton, no Reino Unido.
“Estão espantosamente preservados devido às condições anóxicas do Mar Negro abaixo dos 150 metros”, sustenta o líder da investigação, citado pelo jornal.
As madeiras resistiram no tempo, fruto da falta de oxigénio, e grande parte dos cascos e dos mastros dos navios estão intactos.
Já foi possível perceber que as embarcações são dos períodos Bizantino, que imperou na região por volta de 330 d.C., e Otomano, que dominou a zona em torno de 1453.
A equipa de investigação recorreu às “últimas técnicas de registo 3D para estruturas subaquáticas” para “capturar algumas imagens espantosas sem perturbar o solo oceânico”, nota Adams.
Assim, é possível apreciar a “descoberta fascinante”, como refere o investigador, em imagens 3D divulgadas pela Universidade de Southampton.
Cemiério de navios no fundo do Mar Negro
A expedição arqueológica subaquática visava procurar paisagens pré-históricas submersas numa área “onde há milhares de anos, grandes zonas de terra foram inundadas, à medida que o nível das águas subiu, no seguimento da última Idade do Gelo”, explica a instituição de ensino.
A descoberta ocasional dos navios vai permitir aos investigadores apurar novos dados sobre as actividades comerciais que se efectuavam naquele período.
SV, ZAP
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