360º
Por Miguel Pinheiro, Diretor Executivo
Bom dia!
Enquanto dormia...
O primeiro-ministro japonês visitou o memorial em Pearl Harbor acompanhado por Barack Obama. “Jamais devemos repetir os horrores da guerra, este é o voto solene que o povo do Japão fez”, disse Shinzo Abe, que ofereceu condolências às vítimas do ataque japonês durante a Segunda Guerra Mundial. Segundo o New York Times, este terá sido o último encontro do Presidente Obama com um responsável político estrangeiro antes da tomada de posse de Donald trump.
Já começou a luta pelo poder no Sporting. Pedro Madeira Rodrigues apresentou ontem ao fim da tarde a sua candidatura à presidência. Pouco depois, Bruno de Carvalho deu-lhe as boas-vindas e revelou estar "em reflexão constante" sobre uma possível recandidatura.
Ainda no futebol: ontem, os Globe Soccer Awards atribuíram a Cristiano Ronaldo o prémio de melhor jogador do ano e a Fernando Santos o de melhor treinador do ano (depois de, no começo do dia, ter sido considerado o selecionador do ano pela Federação Internacional de História e Estatística do Futebol).
"Feira de gado" I: a comparação. Num evento político público, para o qual foram convidados jornalistas, incluindo repórteres de televisão com as suas câmaras, o ministro Augusto Santos Silva foi filmado a fazer o seguinte comentário sobre a Concertação Social ao ministro do Trabalho e da Segurança Social, José António Vieira da Silva: "Ali o Vieira da Silva conseguiu mais um acordo! Ó Zé António, és o maior! Grande negociante… Era como uma feira de gado!".
"Feira de gado" II: o pedido de desculpas. Ao Observador, depois de argumentar que se tratava de uma conversa privada com um "colega de governo" e "amigo de longa data", o ministro dos Negócios Estrangeiros pediu desculpa pela "linguagem excessiva".
"Feira de gado" III: o detalhe. Falando com outros jornalistas (por exemplo, do Público), Augusto Santos Silva fez ainda questão de sublinhar o seu grande respeito pela Concertação Social e (pormenor importante) pelas feiras de gado.
Há professores e investigadores contratados por universidades para trabalhar de graça - alguns são bolseiros de doutoramento ou de pós-doutoramento. O Ministério do Ensino Superior diz que são 176; os sindicatos dizem que são mais. A notícia é do Jornal de Notícias.
Na sequência de uma auditoria, o Banco de Portugal deduziu acusações contra o Montepio (e contra o ex-presidente Tomás Correia e o ex-administrador Almeida Serra). Motivo: a falta de procedimentos de controlo de movimentos financeiros ilícitos. Ainda haverá lugar a defesa, não tendo existido qualquer condenação. A notícia é do Público.
O Governo anunciou ontem um novo modelo de Prestação Social para a Inclusão que funcionará a partir de outubro de 2017. Uma das novidades é que os deficientes com uma incapacidade superior a 80% vão passar a ter direito a uma prestação social vitalícia de 3.120 euros anuais.
O aumento de 25 cêntimos no subsídio de refeição na Função Pública em agosto (há um primeiro em janeiro) vai ser tributado no IRS e através de descontos para a Segurança Social. A notícia é do Negócios.
Espanha está com medo de uma repetição dos atentados de Berlim. Por isso, várias cidades vão estar alerta durante o Ano Novo. Em Madrid, por exemplo, haverá mais 1.900 polícias nas ruas, escreve o El País.
Mais Espanha: no Podemos, há beijos e guerra. O secretário-geral do partido, Pablo Iglesias, e o porta-voz, Iñigo Errejón, deram um beijo na boca para um programa de televisão, mas isso não esconde as divergências. O João Almeida Dias explica o que se passa no partido-irmão do Bloco de Esquerda.
A Trump Tower, onde vive (e trabalha) o Presidente-eleito, foi evacuada por causa de um pacote suspeito. Depois de investigar, a polícia percebeu que era só um saco de brinquedos abandonado. Episódio encerrado? Nem por isso: o incidente provocou uma polémica no Twitter entre as equipas de Trump e do mayor de Nova Iorque.
A nossa Opinião
Maria João Marques fala sobre o "grau zero" na política: "Só nos resta aguardar pela publicação no site da Presidência da nota congratulatória de Marcelo Rebelo de Sousa pelo regresso das andorinhas na primavera, pois estas não são menos que George Michael".
Maria João Avillez escreve uma carta de despedida a uma grande figura do fado: "Nem eu nem nenhum dos que lá estavam em Alfama, na Igreja de Santo Estevão, te deixaremos morrer, José Pracana".
Luís Aguiar-Conraria analisa a classe média: "Agora todos fazem parte da classe média (eventualmente, classe média-alta). Ou seja, chama-se classe média à elite que nos governa. É neste mundo que vive grande parte dos opinion makers portugueses".
E Ricardo Santos pergunta: "Em 2016, o PERES ajudou. E para o ano? Quem vai ajudar Mário Centeno? Um imposto extraordinário depois das autárquicas?"
Os nossos Especiais
Em 2017, de quantas balas se conseguirá desviar a economia portuguesa? Há os problemas na banca, a imprevisibilidade de Trump, a incerteza do Brexit e a crescente influência da extrema-direita em França e na Alemanha. A Ana Suspiro e o Nuno André Martins antecipam um ano de riscos e indefinições.
Notícias surpreendentes
Chamava-se Carrie Fisher, mas respondia pelo nome Princesa Leia. Morreu ontem, na sequência de um ataque cardíaco que sofreu há dias num avião, e deixou Mark Hamill, o Luke Skywalker de Star Wars, "sem palavras":
- Em "Sem Princesa Leia não há Guerra das Estrelas", o Tiago Pereira explica porque é que Carrie Fisher era a razão de ser de Star Wars.
- Em "Que a Força esteja com ela", Pedro Vieira lembra que ela foi mais que uma princesa rebelde.
- Em "Adeus, Princesa", Susana Romana escreve que "Fisher foi ainda mais heróica quando se mostrou altamente imperfeita e mundana" e falou sobre a sua bipolaridade.
- Veja ainda os cartazes mais icónicos (e os mais estranhos) de Star Wars onde entra a Princesa Leia; e recorde os outros papéis da atriz.
- Por fim, a revista Variety recorda as lições que aprendemos com Carrie Fisher (e com outros artistas que morreram este ano).
Foram os melhores pratos que comemos em 2016 - e acredite que vale bem a pena olhar para eles outra vez. Do tártaro de tomate à bomba de chocolates, o Tiago Pais conta-lhe tudo.
E estes foram os melhores vestidos que vimos durante o ano. Passaram todos pela passadeira vermelha.
Para acabar os balanços de hoje: veja o que aconteceu na ciência em 2016, de Marte aos bebés-milagre. É impressionante.
Fique ainda com uma última notícia cá da casa: a Catarina Marques Rodrigues (que agora está na RTP) venceu o prémio Arco-Íris 2016, atribuído pela associação ILGA Portugal, pela reportagem A vida no Colégio Militar: “Parece um Big Brother”, publicada no Observador a 1 de abril de 2016. Este trabalho, que revelava a existência de situações de discriminação em relação a alunos homossexuais, acabou por levar ao pedido de exoneração do Chefe de Estado Maior do Exército.
Reportagens premiadas, notícias em primeira mão e informação devidamente explicada: pode encontrar tudo isto no Observador, já sabe. Vá passando por cá.
Até já!
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Rua Luz Soriano, n. 67, Lisboa
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