Montepio arrisca multa pesada (& os clubes também, se criticarem árbitros)

David Dinis, Director do Público

Bom dia!

A Rússia encontrou uma explicação para o avião que caiu no Mar Negro. As gravações do piloto, registadas pela caixa negra, apontam para uma falha nas asas.

Shinzo Abe foi a Pearl Harbor: E deixou uma promessa ao pé de Barack Obama: "Não podemos repetir os horrores da guerra. Este é o voto solene que nós, povo do Japão, fizemos".

Erdogan acusou os EUA de apoiarem terroristas na Síria. E a América respondeu com uma palavra: "Ridículo". Resta saber o que dirá Trump no Twitter, porque nestes dias a América parece ter dois presidentes no activo, como explica neste trabalho a Rita Siza.

Cuba proibiu estátuas de Fidel Castro e ruas com o seu nome. E cumpriu assim um pedido do próprio Fidel.

Hollywood chorou a morte de Carrie Fisher. Mark Hamill, o Luke Skywalker da trilogia de Star Wars, mostrou-se #devastado, uma entre muitas reacções à morte de uma actriz cuja carreira foi definida por um blockbuster - mas que não se sentia confortável nesse papel. Na vida real, nem a paixão entre Han Solo e princesa Leia foi tão glamorosa quanto podíamos imaginar.

As notícias do dia  

O Montepio arrisca uma multa pesada. O Banco de Portugal deduziu acusações contra o banco, o ex-presidente e o ex-administrador, por não terem introduzido os procedimentos necessários ao controlo de movimentos financeiros ilícitos. As coimas podem valer cinco milhões de euros. Ainda que o banco esteja já a corrigir os problemas, tem outro problema por resolver: o Ministério Público está a investigar uma denúncia sobre operações que passaram pelo banco, com origem em Angola. A verdade é que só este ano as autoridades já receberam quase 4300 alertas por suspeitas de braqueamento, um aumento de 11% face ao ano passado.

Quem arrisca multa pesada são os treinadores e presidentes dos clubes. O novo líder do Conselho de Arbitragem escreve um artigo de opinião no PÚBLICO, dizendo que “é tempo de mudar comportamentos" e avisando que vai agravar sanções para quem criticar árbitros. 

Voltando à banca, registe uma obrigação: os bancos vão ter que pagar mais para o Fundo de Resolução, diz o Negócios. E registe também um número: os empréstimos do Estado aos bancos renderam 1280 milhões de euros, se incluídos os pagamentos devidos pelo BCP e CGD deste ano. 

Mas o "perdão fiscal" rendeu mais: a receita de 1400 milhões inclui dívidas já dadas como incobráveis, mas dá 550 milhões para ajudar no défice deste ano (um "jackpot", na palavra escolhida pelo Negócios, mesmo que o Governo não se comprometa com um valor). Numa entrevista ao PÚBLICO, Rocha Andrade admite um "mas": "Qualquer regime destes tem uma inerente perversidade".

Uma boa notícia: Mais 50 mil pessoas com deficiência receberão apoio do Estado. A medida deverá entrar em vigor em Outubro.

Cuidado com as boas notícias: é que o bónus no subsídio de alimentação vai pagar taxa, diz o Negócios (e são só 25 cêntimos de aumento).

Cuidado com as boas notícias (2): porque a lista de monumentos a concessionar para turismo incluem um projecto de reabilitação há 15 anos na gaveta e outro que já foi pousada, como explica a Lucinda Canelas. Convém, por isso, definir o que se quer salvar.

A propósito de Cultura, parece que a Christie's ainda não desistiu de vender os Miró. A colecção estará segura em Serralves? 

Uma notícia definitivamente má, que está a marcar a manhã: as universidades estão a contratar professores para dar aulas sem receber. A notícia é do JN.  

Hoje acontece

• A Caixa Económica Montepio Geral faz uma nova assembleia geral extraordinária. A transformação em sociedade anónima pode implicar a saída da bolsa.
• A bolsa continuará a olhar para o que se passa em Itália, à espera de novidades do Monte dei Paschi.
• Com a política quase toda em repouso, o Presidente Marcelo vai a Coimbra, para fechar o Fórum Anual de Graduados no Estrangeiro...
• E a ministra da Administração Interna vai entregar carros novos à GNR.

Opinião a reter

• "A lição de 2016" é-nos dada por Augusto Santos Silva. O ministro dos Negócios Estrangeiros quer agora "consolidar" as três condições do sucesso da geringonça este ano.
• A “geringonça 2.0” não vem aí, diz o Manuel Carvalho, desapontado: "Não é por nada, mas tanto amor e carinho, dissimulação e cócegas no umbigo começam a fazer uma narrativa um tudo ou nada aborrecida."
• "Que horror, trabalhar menos horas?", ironiza Francisco Louçã, analisando a proposta da esquerda que o PS se prepara para chumbar e também a vida, tal como a temos.
• E os lesados do Ministério da Educação?, questiona Santana Castilho, que teme que nada mude (outra vez) nos quadros de professores.

Só mais um minuto...

Porque no turismo e viagens, já há tendências à vista para o(s) próximo(s) ano(s).

E porque a Reuters escolheu o seu 11 - das fotografias que marcam o ano e nos contam histórias inesquecíveis (na primeira pessoa).

Como o tempo não é muito, hoje deixo-o por aqui, já com muita informação para correr com os dedos - e a promessa de que mais virá, ao longo do dia. Fica o meu sincero desejo de que tenha um dia produtivo e feliz e que consiga puxar um belíssimo sorriso, animando todos à sua volta. Vamos a isto?

Até já!