Len Van Heest, que passou os últimos nove anos a lutar contra a extradição para a Holanda, chegou em 1958 com os pais ao Canadá
Um holandês de 59 anos que chegou ao Canadá com apenas oito de idade vai ser repatriado para o país cuja língua nem sequer fala, determinou na sexta-feira um tribunal canadiano, pondo termo a um longo processo judicial.
Len Van Heest, que passou os últimos nove anos a lutar contra a extradição para a Holanda, chegou em 1958 com os seus pais ao Canadá. Apesar de ter crescido no país, nunca obteve nacionalidade canadiana.
Aos 16 anos foi diagnosticado com desordem bipolar e, mais tarde, tornou-se dependente de drogas e álcool. A partir da década de 1970 e até 2013, também teve uma série de problemas com a justiça, argumentando que cometeu a maioria de cerca de 40 delitos durante "a fase maníaca da doença", segundo o que foi ouvido no tribunal federal de Vancouver, na província da Columbia Britânica, no oeste do país.
Len Van Heest é agora obrigado a deixar o Canadá na sequência do endurecimento da legislação, aprovado pelo anterior governo conservador, que determina a expulsão de qualquer estrangeiro que seja condenado por um crime a uma pena de mais de seis meses de prisão.
O tribunal federal de Vancouver marcou para segunda-feira, dia 06, o dia da expulsão de Van Heest, segundo a decisão de 15 páginas proferida na sexta-feira.
O holandês afirmou aos 'media' locais que quer ficar no Canadá para estar perto da mãe de 81 anos e que a sua iminente expulsão constitui um erro por parte da justiça.
"Eu paguei as minhas dívidas à sociedade pelas coisas que fiz, vocês sabem. Eu cumpri o meu tempo, paguei a minha dívida, e agora estão a dar-me uma pena de prisão perpétua", argumentou, numa entrevista à televisão no final do mês passado.
Ao abrigo da lei anterior, a expulsão era apenas obrigatória no caso de um imigrante ser condenado a uma pena mínima de dois anos de prisão
Fonte: Lusa
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