O ministro dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Norte, Ri Yong-ho, advertiu que a vontade de Pyongyang é "fazer chover fogo" sobre os Estados Unidos em resposta à retórica bélica do Presidente norte-americano, Donald Trump.
O ministro norte-coreano fez o comentário ao receber uma delegação da agência de notícias russa Tass, que visitou Pyongyang, informaram hoje os `media` oficiais.
"É a firme vontade de todo o pessoal militar e do povo da República Popular Democrática da Coreia [RPDC, nome oficial do país] fazer chover fogo sobre os Estados Unidos, que falou em destruir totalmente a RPDC", disse Ri Yong-ho, num comunicado citado pela agência estatal KCNA.
Ri também afirmou que o programa nuclear norte-coreano é o "precioso fruto da sangrenta luta do povo coreano pela defesa do destino e da soberania do país face à prolongada ameaça nuclear dos imperialistas norte-americanos, e uma valiosa espada justiceira".
Na sua primeira intervenção perante a Assembleia-Geral das Nações Unidas, em setembro, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que a única solução será "destruir totalmente" a Coreia do Norte caso o regime de Kim Jong-un continue a ameaçar os Estados Unidos e os seus aliados.
Ri Yong Ho, que também participou na 72.ª Assembleia-Geral da ONU, já tinha reagido, dias depois, afirmando que Trump declarara guerra à Coreia do Norte com as suas palavras.
Já na sua própria intervenção, o chefe da diplomacia norte-coreana disse aos líderes mundiais que os insultos do Presidente norte-americano a Kim Jong-un -- como foi o caso da expressão "homem foguete" [`rocket man`, em inglês] -- tornam um ataque contra os Estados Unidos uma situação inevitável.
A visita da comitiva de jornalistas russos à Coreia do Norte tem lugar pouco depois da de um grupo de deputados russos ao hermético país asiático.
Um deles explicou, após a visita, que as autoridades da Coreia do Norte garantiram estar a preparar o próximo lançamento para testar um novo míssil balístico intercontinental (ICBM) com capacidade para alcançar a costa oeste dos Estados Unidos.
Especialistas especulam que Pyongyang podem efetuar o lançamento de modo a coincidir com o congresso do Partido Comunista da China, que arranca na próxima quarta-feira, dia 18, ou com a visita de Donald Trump à região, prevista para ter lugar entre 02 e 14 de novembro.
Lusa
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