David Dinis, Director
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Bom dia!
E ao terceiro dia, parece que voltámos ao normal:
Trump comparou tamanhos com Kim. O Presidente americano respondeu à ameaça de ano novo do líder norte-coreano assim: "O meu botão nuclear é muito maior e mais poderoso" (Oh yes, he did)...
... e fez uma ameaça à Palestina: ou há negociações com Israel, ou acabam os fundos de apoio a refugiados.
Um republicano abriu a porta ao maior crítico do Presidente. A renúncia de um senador permite a Mitt Rommey candidatar-se ao lugar, fazendo regressar à primeira linha da política o moderado ex-candidato presidencial, explica o The New York Times.
Os hospitais britânicos terão que parar as operações não urgentes. O NHS (SNS britânico) deu uma indicação para suspender as intervenções não urgentes e cancelar consultas marcadas, para garantir o mínimo de serviços, face à evidência da sua incapacidade para lidar com os doentes que têm chegado nas últimas semanas. O The Guardian fala numa situação de "caos" e numa "crise de Inverno".
O que marca o dia
Marcelo fez o inevitável: travou a lei de financiamento dos partidos, com uma crítica directa ao modo secreto como o bónus foi aprovado. A Leonete explica os sinais e argumentos - e também o que pode acontecer agora. E o Manuel Carvalho analisa "um veto que salva e envergonha o Parlamento".
Sobre isto, escreve também Jorge Miranda, que vê pelo menos três inconstitucionalidades na lei. E ainda a deputada Helena Roseta, com um puxão de orelhas à opacidade do Parlamento.
As escolas estão sem dinheiro para aquecer salas. No dia em que os alunos regressam às aulas, vários directores queixam-se ao DN de terem em atraso verbas de 2017, deixando-os perante escolhas impossíveis: pagar as contas, ligar aquecedores ou comprar material?
O Governo quer penalizar os médicos que saiam do interior. Sem capacidade para atrair médicos mais experientes, o Ministério propõe agora que os internos que deixem o interior estejam três anos fora do SNS.
À procura de uma alternativa, o PSD vai ter o primeiro duelo. Santana e Rui Rio entregaram já as moções de estratégia, com algumas nuances a distingui-los. Mas deixando pelo menos oito temas quentes para o debate na RTP de amanhã. Até aqui, o grande erro dos candidatos tem sido este: "Acharem que o seu segundo teste, a seguir às directas, será apenas em 2019. Na verdade, vai chegar poucas semanas depois", argumento eu no Editorial de hoje.
Hoje há um derby contaminado. O Benfica-Sporting desta noite podia ser o primeiro grande jogo do ano, mas transformou-se na primeira guerra do ano, aqui descrita pelo Marco Vaza. Concentrando-se nos números, o Tiago Pimentel descobriu a maior fragilidade dos encarnados nesta época: as "bolas paradas". Concentrando-se nos pontos, Jesualdo Ferreira olha para os dois rivais e atira uma convicção: "O jogo é crucial para o Sporting". Really?
Isto será o essencial, mas há mais notas a registar esta manhã:
O desaparecimento de arte sacra pôs a PJ atrás de um padre que foi prefaciado por Marcelo. O Presidente diz ao PÚBLICO estar "chocado".
Falando nele, Marcelo não foi convidado para apresentação do pacto da justiça. O texto deve ser aprovado esta semana, mas ainda falta "limar arestas".
A provedora contou mais 13 mortos nos grandes incêndios. A estimativa é, agora, de pagar a 125 familiares das vítimas, soube a Renascença.
Os CTT confirmaram o fecho de 22 balcões, e já até ao final de Março segundo o ECO, apanhando os trabalhadores "desprevenidos". Numa entrevista ao PÚBLICO, o maior investidor da empresa desvaloriza (“Tem havido encerramentos de estações desde sempre”) e fala sobre "um equívoco" sobre a qualidade do serviço. Mais João Bento é mais assertivo sobre o que se passa na outra empresa de que tem acções: a chinesa State Grid “começou a ter efeitos nefastos” na REN, acusa.
A Impresa já vendeu as revistas. O preço dos 12 títulos foi de 10 milhões.
Leituras para a história
...Ou sobre a nossa história:
A primeira é a investigação da Bárbara Reis sobre o misterioso “tio Herbert” com quem Salazar tratava dos negócios “sem papéis”. Misterioso é a palavra certa. Porque o enigmático “operacional” britânico Herbert Lester, que era visita de casa de António de Oliveira Salazar, tinha entre os seus amigos um gang de burlões de casinos procurados pelo FBI, cujo líder, um homem de "reputação insípida", foi protegido pelo Estado Novo. E desapareceu aos 80 anos sem deixar rasto. Ponha o chapéu de Sherlock e entre por aqui.
A segunda é uma história da guerra colonial. A de Ernestina e “os lutos inacabados do império”. A Catarina Gomes é a nossa narradora: "Durante os primeiros seis anos da guerra colonial, o Estado só pagava o regresso de militares vivos. Permanecem até hoje enterrados em África cerca de 1500 corpos. Muitas famílias já os esqueceram, algumas ainda não. A arqueóloga Conceição Vitoriano Maia foi à Guiné desenterrar o irmão. Otília Gonçalves só quer trazer 'o mano' de Angola." Assim.
A agenda do dia
O Parlamento decide se chama Vieira da Silva e o provedor da Santa Casa, para os questionar sobre a entrada no Montepio. E ouvem já inspetor-geral da Autoridade para as Condições do Trabalho, por exemplo sobre as polémicas com a Altice. Na economia, a atenção estará virada para a bolsa - olhando como se portam as acções da Impresa e CTT. Pelo meio, o PCP dá uma conferência de imprensa sobre os preços que sobem - e os partidos estão forçados a reagir ao veto do Presidente da noite passada.
A noite é de derby lisboeta, como já lhe disse, mas um derby tardio que só começa às 21h30.
Enquanto não chega a hora, a minha sugestão é que espreite este trabalho multimedia que o Frederico Baptista fez sobre os velhinhos Jogos sem Fronteiras, 20 anos depois de Portugal ter ganho "aquela final". E que passe o tempo com este jogo de computador, ao estilo retro, que reproduz os Jogos e nos leva atrás do Joker.
Pelo meio, há um dia para aproveitar. Cheio de notícias, que apanhará aqui.
Dia bom! Até já!
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