A população da província de Maputo mais do que duplicou, Nampula foi a província com o maior crescimento populacional e a cidade capital de Moçambique teve uma redução de mais de 400 mil pessoas, na sua maioria homens, mostram os resultados preliminares do IV Recenseamento Geral da População e Habitação(RGPH) que indicam existirem 28.861.863 moçambicanos.
O povo moçambicano aumentou em cerca de 41 por cento, relativamente ao RGPH de 2007, tendo crescido a uma média de 4 por cento ao ano revelam os resultados apresentados no passado dia 30 pelo Instituto Nacional de Estatística(INE).
Moçambique continua a ter mais mulheres, 15.061.006, do que homens, 13.800.857, particularmente nas províncias de Inhambane, Gaza e na cidade de Maputo.
Académicos precisam de estudar o que aconteceu nos últimos dez anos na capital moçambicana que “perdeu” 437.327 homens, relativamente a 2007. Das onze províncias a cidade de Maputo foi aquela que registou a maior redução da sua população embora continue a ter a maior densidade populacional, 3.670 habitantes por quilómetro quadrado.
Contrastando as províncias do Niassa, 14 habitantes por quilómetro quadrado, e de Gaza, 19 habitantes por quilómetro quadrado, que continuam a ser as menos povoadas.
O Niassa registou um aumento de cerca de 50 por cento, passando de 1.213.398 para 1.865.976 habitantes. O Recenseamento mostra que Cuamba perdeu o estatuto de distrito mais povoado para Mecanhelas que quase duplicou a sua população para 296.908 cidadãos.
Gaza registou o pior crescimento demográfico de Moçambique nos últimos dez anos crescendo para 1.446.654 habitantes, pouco mais de 218 mil comparativamente a 2007. Entretanto o distrito do Chókwè suplantou o Chibuto como o distrito mais populoso registando 240.244 pessoas.
Gás natural não trouxe desenvolvimento nem crescimento populacional
Crescimento modesto também na província de Inhambane que de 1.271.818 em dez anos aumentou para 1.496 .824 habitantes, muito poucos para umas das maiores regiões de Moçambique e daí a densidade populacional continuar baixa, 21,8 habitantes por quilómetro quadrado.
Aliás estes resultados, ainda que preliminares, do IV Recenseamento Geral da População e Habitação confirmam o que o @Verdade tem vindo a demonstrar: o gás natural explorado pela multinacional SASOL há década e meia não trouxe desenvolvimento para a província de Inhambane e nem mesmo para o distrito mais próximo da sua base em Temane. A população de Inhassoro cresceu nos últimos dez anos em pouco mais de 8 mil habitantes.
População feminina quase triplicou na Matola
Os maiores crescimentos demográficos em Moçambique aconteceram nas províncias de Nampula, onde a população aumentou em quase 50%, passando de 4.084.656 para 6.102.867 habitantes, na Zambézia, onde o número de pessoas passou de 3.890.453 para 5.110.787, e na província de Maputo onde mais do que duplicou, dos 1.225.489 de 2007 existem agora 2.507.098 matolenses.
Será também interessante que académicos tentem explicar o que contribuiu para que Moma, um das regiões que mais investimento estrangeiro recebeu na última década, tenha perdido quase 8 mil habitantes e o estatuto de distrito mais populoso para Mogovola que neste Censo registou 415.407 cidadãos.
No extremo Sul nota-se uma evidente migração da cidade de Maputo para a província, particularmente para o município da Matola cuja população disparou em 290 por cento, de aproximadamente 841 mil para 1.616.267 pessoas. Assinalável o crescimento da população feminina que de 297.950 em 2007 quase triplicou para 863.415 mulheres.
Ainda na província de Maputo é assinalável o crescimento populacional em Marracuente que suplantou a Manhiça como o distrito mais populoso, registou um crescimento de mais de 300 por cento e alberga 230.530 habitantes.
Fonte: Jornal A Verdade. Moçambique
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