Prometeu e cumpriu. Em 2014, vimos Isabela Nóbrega pisar o palco do programa Factor X, na SIC. Terminada a sua participação, ficou a promessa de continuar a lutar por um lugar no mundo da música e um álbum a solo. Quatro anos depois, a jovem de Oeiras vê esse objetivo concretizar-se.
Young é o nome do primeiro álbum de Isabela que se baseia “numa viagem no tempo” na vida da cantora. A jovem não só é a voz do álbum, mas também é quem toca todos os instrumentos, compõe e escreve as letras. No entanto, não deixa de mencionar a enorme importância que o seu irmão, Gualter Sal, teve na realização deste CD ao ficar “encarregue de fazer a mixagem e masterização do álbum”.
Fotografia gentilmente cedida por Isabela Nóbrega
Passaram quatro anos desde a tua participação no programa Factor X. O que é que mudou desde então?
Essencialmente, tenho trabalhado no meu novo álbum, em promover, começar a tocar ao vivo e fazer uma possível "tour".
As pessoas ainda te reconhecem como a Isabela que participou num concurso de talentos ou sentes que ao longo destes anos foste conseguindo chegar a elas com outra identidade?
A televisão é um meio de comunicação muito poderoso. Apesar de já terem passado estes quatro anos, há sempre alguém que diz: "conheço-te de algum lado!?" ou vem falar comigo devido ao programa. Porém, eu quero ser reconhecida como Isabela, a artista e não como "Isabela, a rapariga que participou no Factor X" (risos).
2018 está marcado pelo lançamento do teu primeiro álbum . Porquê Young?
Young é um álbum que se baseia numa viagem no tempo desde a minha infância até me tornar adulta. Este título surgiu da reflexão sobre o que é o tempo, como o tempo passa, o que fazemos e deixamos neste mundo. Young é uma autorreflexão da minha vida e das experiências que vivi ao longo desta.
Neste álbum és tu quem toca todos os instrumentos, canta, compõe e escreve as músicas. Basicamente, fazes tudo. É importante que o teu disco de estreia seja completamente teu para refletires quem realmente és?
Não necessariamente. Sempre gostei de fazer tudo sozinha, não para refletir quem eu sou, mas porque adoro aprender variados instrumentos, ou seja, saber fazer de tudo um pouco. No entanto, é importante mencionar o trabalho do meu irmão, Gualter Sal que ficou encarregue de fazer a mixagem e masterização do álbum.
Esse foi também o motivo por teres apostado no indie-pop, porque é um estilo que te caracteriza?
Quando comecei a fazer o álbum não pensei que se iria inserir no indie-pop, pensei apenas em fazer músicas que me soassem bem e que eu gostasse de fazer. Como sempre ouvi de tudo um pouco, acho que é importante um artista não se limitar a um género, ou fazer músicas para soarem a um certo estilo. Ao aproximar-me do processo final do álbum, seguindo uma certa linha melódica, reparei que no geral fazia sentido o mesmo encaixar-se nessa categoria.
Em 2015 lançaste o teu primeiro single, “A Thousand Miles”, que consta também neste álbum. Isso é importante para trazer a Isabela de há três anos para o agora?
Bem, a Isabela de há três anos atrás mudou muito. No entanto, "A Thousand Miles" foi uma música que gostei muito de fazer, encaixa-se no registo de Young e é a faixa mais acústica que o álbum tem. Como as restantes são mais mexidas, achei que esta se enquadrava perfeitamente.
Quais foram as tuas inspirações para estas composições?
Eu inspiro-me nas coisas do dia-a-dia, em pormenores. Acho que tudo pode servir de inspiração visto de uma certa perspetiva.
E existe alguma relação entre todas as músicas, há alguma linha que tenhas seguido durante a sua construção?
Cada música tem a sua história. Gosto de saber que cada pessoa que ouve as minhas músicas tem a possibilidade de imaginar diferentes cenários, assim como eu imaginava ao ler livros enquanto criança.
Porque é que as pessoas têm mesmo de ouvir este álbum?
Agradar a gregos e a troianos é impossível. No entanto, acredito que, da mesma maneira que eu me identifico com alguns artistas que adoro, as pessoas podem ouvir o meu álbum e identificarem-se com as mensagens que transmito.
Fotografia gentilmente cedida por Isabela Nóbrega
Cátia Barbosa (jornalista)
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