Bom dia!
Vamos às últimas notícias?
Portugal passou, mas vai para o “lado mau” do Mundial. Foi intenso, duro, polémico, mas acabou bem. Ou talvez um bocadinho menos bem: se há dois anos, em França, um golo do islandês Traustason no minuto 94 do Islândia-Áustria empurrou Portugal para o “lado bom” do Europeu, desta vez o apuramento da selecção nacional também sofreu uma reviravolta no período de descontos, empurrando-nos para o "lado mau do Mundial". Como explica de Moscovo o David Andrade, França, Brasil ou Alemanha podem vir a estar no caminho da selecção - isto se vencermos o Uruguai nos oitavos-de-final. E é um adversário duro - este Uruguai acaba de bater um recorde com 100 anos.
O lado bom de tudo isto? É que as notas da equipa portuguesa subiram. Como mostram as estatísticas, onde houve um pouco menos de Ronaldo, houve um Adrien em alta - ajudando à trivela fantástica de Quaresma. E podemos bem respirar fundo: como diz a imprensa internacional, a verdade é “Portugal esteve perto de ver os oitavos-de-final pela televisão”.
Fora do Mundial, registe a crítica de Trump à Harley-Davidson, que decidiu mudar parte da produção para fora dos EUA; registe também que a China bloqueou o site da HBO, depois de John Oliver criticar Xi Jinping; e ainda a morte de Goldblatt, o fotojornalista do apartheid.
Os títulos do dia
Mais de 233 mil consultas de oftalmologia ficaram por fazer em 2017. E há mais de um ano de espera por primeira consulta em pelo menos 20 hospitais.
Os professores dizem que o exame de Matemática foi "uma receita para o desastre". E a má relação com a Matemática está a afastar os jovens de cursos cruciais para o país.
A francesa Engie pondera uma oferta pela EDP Renováveis, noticiou a Bloomberg.
O Banco de Portugal arrasa propostas de divulgação de grandes devedores à banca, explicou o Expresso.
E Sousa Cintra proibiu Bruno de Carvalho de entrar em Alvalade, preparando-se para rescindir com o treinador que tinha sido contratado - acrescenta o DN.
Ler com atenção
1. O deserto do Sara mata mais do que o Mediterrâneo. O mar Mediterrâneo tornou-se o símbolo das travessias perigosas, dos barcos apinhados, dos migrantes e refugiados mortos, embora o verdadeiro número nunca se saiba, provas de naufrágios e as suas vítimas davam, por vezes, à costa. A rota é tida como a mais mortífera. Mas há um local em que se estima que morram ainda mais pessoas, a maior parte das vezes sem deixar vestígios: o deserto do Sara. A Maria João Guimarães explica porquê.
2. Mulheres na política? O número conta, mas não é tudo. Qual é a proporção de mulheres que se sentam no parlamento? Há sistema de quotas? Os interesses e as preocupações das mulheres têm espaço na agenda? O parlamento produz legislação que tem em conta as desigualdades de género? Enquanto local de trabalho, prevê algum apoio à conciliação entre vida profissional e vida familiar? Tem um código de conduta? E formas de combater o assédio? Estas não são perguntas de algibeira. São parte de um instrumento que um instituto europeu criou para verificar até que ponto as assembleias (municipais, regionais ou nacionais) têm sensibilidade para as questões de género. A Ana Cristina Pereira foi lá e fez-nos um raio-x às conclusões.
3. A escrava preferida de Thomas Jefferson já tem um quarto na mansão de Monticello. O principal autor da Declaração de Independência dos EUA, onde se defende que "todos os homens são criados de forma igual", foi proprietário de 600 escravos e teve filhos com uma escrava. A Fundação Thomas Jefferson vem agora propor um debate sobre essas contradições. O Alexandre Martins entrou num debate onde a história cruza os valores de ontem e os de hoje.
4. Há engenharia lusa nos comboios mais modernos do mundo. O jovem engenheiro faz zoom e no ecrã do computador aparece o local exacto onde se encontram naquele momento um conjunto de locomotivas alemãs que andam pela Europa a rebocar comboios de mercadorias — Alemanha, Holanda, Bélgica, República Checa, Polónia. A liberalização tem destas coisas e no centro da Europa é normal haver companhias ferroviárias a atravessarem as fronteiras de vários países. “Podemos ver se estão paradas ou a circular e conseguimos monitorizar vários parâmetros do seu funcionamento para detectar eventuais avarias, ou até antecipá-las para serem logo resolvidas”, explica o técnico, que é um dos 21 funcionários da Nomad Tech, uma empresa de tecnologia de ponta vocacionada para a ferrovia, que exporta serviços para alguns dos caminhos-de-ferro mais desenvolvidos do mundo. O Carlos Cipriano leva-nos a dar uma volta por ela.
Hoje na agenda
Por cá, Rui Rio recebe os sindicatos da Educação, para discutir as progressões nas carreiras. O ministro da Administração Interna vai falar sobre os meios aéreos de combate a fogos na AR. Marcelo segue caminho para Washington, a caminho da Casa Branca. E Frederico Varandas apresenta-se como candidato à presidência do Sporting.
Lá por fora, a CSU (da Baviera) e a CDU (de Angela Merkel) reúnem-se para discutir as divergências sobre imigração - e o futuro da coligação no Governo. Merkel recebe também Pedro Sánchez. E Macron vai ao Papa.
No Mundial, o prato forte do dia é um Dinamarca-França, logo depois de almoço, assim como um Nigéria-Argentina, bem perto do jantar, à mesma hora que o Islândia-Croácia - também ele um jogo interessante, porque depois de travar Messi, a Islândia já acredita em tudo. A parte boa é que já nada é a feijões.
Que seja um dia feliz!
Até amanhã! |
terça-feira, 26 de junho de 2018
26 DE JUNHO DE 2018 Portugal segue - mas para o “lado mau” do Mundial
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