O Bloco de Esquerda (BE) admitiu ontem que as negociações com o Governo para o próximo Orçamento do Estado serão mais tensas, lembrando o Partido Socialista (PS) que não governa com maioria absoluta.
"Ninguém esconde que este é um ano mais tenso para negociações para o Orçamento do Estado, até porque tem sido precedido de algumas ações do Governo que mostram uma certa tendência para o PS pensar que governa em maioria absoluta, facto que não se verifica, de facto, matematicamente", afirmou a dirigente do BE Mariana Mortágua.
A dirigente e deputada respondia aos jornalistas, em Lisboa, durante a sua participação na manifestação da CGTP, sobre a posição do Presidente da República, segundo a qual haverá "bom senso" entre os partidos na Assembleia da República para não criar uma crise política.
Referindo que as negociações com o Governo irão continuar (o Governo minoritário está em conversações sobre o próximo Orçamento do Estado com o BE e o PCP), a dirigente criticou o recente acordo do executivo em sede de concertação social em vez de o ter feito com "a maioria de esquerda".
"Mas isso não demove o BE, estamos empenhados em fazer o melhor Orçamento do Estado possível e que respeite os direitos dos trabalhadores e aumente rendimentos", explicou.
Em Ponta Delgada, nos Açores, o Presidente da República considerou que "ninguém quer juntar às complicações que vêm de fora [da Europa] complicações de dentro. Esse bom senso faz com que não haja a temer qualquer tipo de crise ou qualquer tipo de problema com o Orçamento de Estado" de 2019.
Lusa
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