Muito se tem escrito, muitas vozes se têm feito ouvir, por via dos atrasos nos apoios ás vítimas dos incêndios de 15 de Outubro último, que ocorreu sobretudo na zona centro do país.
Devido à grande dose de burocracia, a par com alguns desvios de fundos, entre outras coisas, as vítimas continuam, na maior parte dos casos, a esperar. E a desesperar.
Para além do pouco que alguns já receberam, o que lhes tem valido são as ondas de solidariedade que vão chegando, com destaque para aquelas que os emigrantes têm protagonizado.
E nada se sabe sobre o futuro. Em termos de prevenção, alguma tem sido feita mas… parece-nos pouco. As críticas a um “deixa andar” que, por vezes, parece-nos ver nos membros do governo, chegam da direita e da esquerda, chegam das associações das vítimas, chegam de movimentos de cidadania.
Os exemplos da destruição que o fogo fez a 15 de outubro são muitos, um pouco por todo o lado. No Casal de S. Tomé, na Mariflores, e frisando apenas este caso, os prejuízos rondam um milhão de euros, e o proprietário, Engenheiro José Marinho, continua na espera desesperante de apoios para poder reconstruir o que o fogo consumiu. Para poder sentir que a vida lhe sorriu outra vez. A burocracia, como referimos atrás, tem sido um dos grandes entraves do proprietário da Mariflores.
A paciência esgota-se, quem muito espera desespera…e já era mais do que tempo de as vítimas deste incêndio de 15 de Outubro terem recebido o apoio a que têm direito.
ANTÓNIO VERÍSSIMO
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