Motivo apresentado: as viagens oficiais que o ex-secretário-geral da NATO fez, há décadas atrás, ao Irão, país que está agora na lista negra de Trump
O prestigiado diplomata e político Javier Solana - que foi secretário-geral da NATO entre 1995 e 1999 e Alto Representante da Política Externa e Segurança da UE, entre 1999 e 2009 - foi recentemente impedido de entrar nos EUA, por causa das novas regras de imigração da administração Trump, noticia este domingo o El País.
Isto porque Solana, durante os cerca de 15 anos em que, no exercício das suas funções oficiais, procurou concretizar a segurança e a paz no mundo enquanto responsável da NATO e da UE, visitou o Irão, pais que integra hoje a lista negra de proveniências que vedam o acesso aos EUA.
Enquanto chefe da diplomacia da UE, Solana foi um dos principais impulsionadores do acordo nuclear firmado com Irão, que foi agora rejeitado por Donald Trump.
Segundo acordos celebrados entre a Espanha e os EUA, e que estão em vigor, os espanhóis não precisam de visto para entrar nos EUA para visitas de duração inferior a 90 dias.
Tal não impediu que Javier Solana fosse barrado à entrada da alfândega norte-americana, por constar da lista negra. Solana viajara para os EUA para assistir a um evento da Brookings Institution, mais foi obrigado a tomar um avião de volta.
Ao El País, a Embaixada dos EUA em Madrid recusou comentar o incidente, mas explicou que o sistema informático recusa automaticamente a entrada a quem tiver passado, nos últimos anos - aparentemente com a larga margem de duas décadas -, o Irão, o Iraque, a Síria, o Sudão, a Líbia, a Somália e o Iémen.
Em reação, Solana recusou atribuir relevância ao incidente e diz que está já tratar das diligências para obter o necessário visto de entrada.
DN
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