quinta-feira, 14 de junho de 2018

Um guia para o arranque do Mundial (e o que resta de actualidade)



P
 
 
Enquanto Dormia
 
David Dinis, Director
 
Bom dia! 
Aqui vão as últimas notícias:

ONU condenou a força excessiva de Israel contra civis palestinianos e recusou, ao mesmo tempo, o voto dos EUA para censurar o Hamas. A resolução aprovada pela Assembleia Geral não tem força legal, mas tem peso político.
A América, afinal, não vai suspender as sanções a Pyongyang. Mike Pompeu, o secretário de Estado americano, quis descansar a Coreia do Sul e do Japão garantindo que a pressão só acabará com a "completa desnuclearização" da península. E já ontem tinha garantido que há muitos entendimentos que não couberam no documento final da cimeira de Singapura.
A Fed voltou a subir as taxas de juro e assinalou que prevê mais dois aumentos até ao fim do ano, tendo em conta o ritmo "sólido" de crescimento da economia dos Estados Unidos. A dúvida é se o BCE aproveita para lhe seguir os passos.
A luta pela Fox já chega aos 65 mil milhões de dólares. A Comcast subiu, assim, a proposta já milionária da Disney por uma parte do império mediático de Rupert Murdoch.
A Antárctida perdeu três biliões de toneladas de gelo desde 1992. Num estudo na revista Nature, mais de 80 cientistas alertam que, nos últimos 25 anos, a perda de gelo na Antárctida contribuiu para uma subida do nível médio do mar de 7,6 milímetros.

Os títulos do dia

O PSD diz que “o tempo de carreira dos docentes é um adquirido, deve ser respeitado”. E avisa já que está mais perto de chumbar o próximo orçamento. São os títulos da entrevista PÚBLICO-Renascença a David Justino.
Falando em Orçamento, os líderes da "geringonça" vão a S. Bento na próxima semana. O Bloco acusa o Governo de criar “instabilidade política” no processo orçamental com o caso dos professores.
O Bloco quer o fim dos vistos gold. Em 5700, só nove foram para criar emprego, dizem a TSF e o DN.
Três ex-administradores da ERSE foram condenados por recusar entregar saldos de gerência.
Com o Mundial à vista, o Governo impõe austeridade nas viagens, conta o Negócios. Lembra-se do caso Galp?

Ler com atenção

1. Pontapé de saída para o Mundial da Rússia. Let the games beguin: desta vez, diz lá por Moscovo o David Andrade, o Brasil é o principal candidato - mas terá de quebrar um tabu. Quanto a nós, anota o Marco Vaza, ser campeão europeu nada garante, mas a selecção tem argumentos para ir longe na Rússia. O nosso primeiro adversário, já sabe, é a Espanha que agora entrou em crise. Mas hoje o jogo de abertura é um Rússia–Arábia Saudita - “O maior acontecimento das vidas dos russos” -, mas a verdade é que a FIFA ofereceu o Mundial à Rússia na hora errada. A menos que a vitória que Putin queira seja a política (essa parece garantida). Para começar com o pé direito, eis o calendário do Mundial 2018. Tenha bons jogos (nós vamos vê-los por aqui).
2. Fechada a cimeira Kim-Trump, sobra o quê? Uma Pas de deux, segundo a análise de Carlos Gaspar, que explica como "o presidente Trump tomou à letra o conselho do seu antecessor", Barack Obama. Uma estratégia que se resume a um Confia, não verifiques, poupa dinheiro, na interpretação certeira da nossa Teresa de Sousa. Ou a citação de Stephen W. Walt, uma profecia lembrada pelo nosso Jorge Almeida Fernandes que explica o que foi Singapura: “Dêem à Coreia do Norte todo o prestígio que ela quer”. Para ler e pensar, sem espaço para ilusões sobre uma paz duradoura.
3. “Cimeira de Junho não será a última sobre a reforma do euro”. Presente em Lisboa para participar na conferência “O Futuro do Mecanismo Europeu de Estabilidade”, Klaus Regling esvazia as expectativas em relação à tomada de grandes decisões sobre a reforma da zona euro no conselho europeu que se realiza no final deste mês. Uma das decisões esperadas é o reforço do papel do MEE em futuros resgates, algo para o qual se diz ”preparado”, mesmo sabendo que pode ser “inevitável que uma instituição com esta tarefa não seja muito popular”. A entrevista ao PÚBLICO foi conduzida pelo Sérgio Aníbal.

Hoje na agenda 

Por cá, registe uma discussão sobre Justiça, no Parlamento. E a definição das audições da comissão de inquérito às rendas excessivas na energia. 
Lá por fora, o Mundial arranca às 16h00, com um Rússia-Arábia Saudita. Antes disso há reunião do BCE. E as primeiras negociações militares entre as duas coreias.
Um dia bom. E até amanhã!

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