Tim Sweeney é o mais novo bilionário do mundo dos games. O fundador da produtora Epic Games, responsável por Fortnite, também é seu acionista majoritário, o que significa que, com US$ 2 bilhões em faturamento previstos para este ano e um valor de mercado que varia entre US$ 5 bilhões e US$ 8 bilhões, o sucesso grandioso da companhia faz dele mais um nome no seleto grupo de magnatas da tecnologia.
Os dados são da Bloomberg, que colocou Fortnite ao lado de outros sucessos estrondosos como Candy Crush e Pokémon GO. Todos os games têm algo em comum: são gratuitos para baixar e jogar, com sua monetização vindo a partir da compra de itens, roupas e outros atributos para os personagens virtuais. No caso do game de tiro, o grande sucesso é representado pelas roupas e artigos estéticos, muitos de ordem limitada, o que os torna mais preciosos.
Não se sabe o tamanho da parcela de Sweeney na Epic Games, mas o que ele não possui é conhecido: 40% do controle da empresa é de propriedade da Tencent, companhia chinesa que é responsável pela chegada de Fortnite aos celulares e, também, de sua atuação asiática, uma das grandes responsáveis pelo sucesso estrondoso visto agora. O restante é atribuído à ascensão dos jogos Battle Royale, em que 100 jogadores se enfrentam até somente um, ou um time, sobreviver, e também ao amor de famosos, como o rapper Drake, Neymar Jr. e milhares de criadores de conteúdo, pelo título.
A companhia foi fundada na garagem da mãe do executivo, em 1991, e ganhou renome no mercado com o lançamento de games como Jazz Jackrabbit e a franquia Gears of War, ambos em parceria com o reconhecido designer Cliff Bleszinski. Com a saída do criador, se foi o que muitos chamaram de galinha dos ovos de ouro, com a Microsoftassumindo o comando da franquia de tiro. Quase ninguém previu que a verdadeira explosão viria apenas anos depois.
Hoje, Fortnite é um fenômeno com não apenas algumas centenas de milhões de jogadores em todo o mundo, mas também números iguais em prêmios. Durante a última E3, por exemplo, aconteceu o Pro-Am, um torneio que reuniu celebridades e criadores de conteúdo especializados com mais de US$ 100 milhões distribuídos para instituições de caridade de escolha dos participantes.
Fora dos escritórios, Sweeney é um conservacionista e um dos maiores donos de terras no estado americano da Carolina do Norte. Ele tem milhares de acres, que pretende transformar em áreas de preservação de animais silvestres. No cotidiano, gosta do Burger King e de Coca Diet, com a qual faz uma mistura bizarra com água. Ele não costuma jogar muito videogame, por incrível que pareça, e, como muitos bilionários, coleciona carros esportivos, que considera um hobby capaz de curtir no caminho para o trabalho, dirigindo.
Quando ao futuro de Fortnite, as palavras hiperbólicas são poucas, mas isso é porque o game adota uma estratégia de sempre contar com atualizações e novidades para manter os jogadores ligados. A ideia é de que o game ainda não atingiu o seu auge, e, com US$ 2 bilhões em faturamento previstos apenas agora, a ideia é que ainda vai levar um tempo para que ele chegue e, na sequência, seja deixado para trás. A marca do bilhão deve demorar muito para deixar o título e a vida de um de seus criadores.
Fonte: Bloomberg
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