Foi apenas um teste, mas resultou. A força aérea sueca atacou, com uma bomba, na quarta-feira, um incêndio florestal que afeta há duas semanas uma zona central do país. Uma medida extrema para tentar travar as chamas num campo de tiro militar repleto de bombas por explodir e onde os bombeiros não podiam entrar.
Em declarações à TSF, o coronel Anders Persson, que recebeu o pedido das forças civis que combatiam o incêndio, admite que de início estranhou e acabou por ser uma medida extrema para um caso extremo num terreno muito particular.
O comandante com a pasta do treino e desenvolvimento da força aérea sueca, que autorizou o 'ataque', acrescenta que procuraram na Internet se já teria sido feito algo do género no passado e não encontraram nada, apesar de
notícias escritas depois da experiência sueca relatarem o uso de técnicas semelhantes na China e nos Estados Unidos da América.
A ideia é relativa simples: a explosão da bomba retirará do fogo o oxigénio que alimenta as chamas.
Anders Persson conta que a experiência resultou: num raio de cerca de cem metros à volta do sítio onde a bomba guiada a laser caiu as chamas foram mesmo extintas.
O coronel sublinha, contudo, que foi apenas um teste que só foi possível porque a zona é vedada e está 'habituada' a exercícios militares - num local civil usar uma bomba contra um incêndio será muito mais complicado.
Mesmo assim, o coronel explica que no final os bombeiros suecos ficaram contentes com o teste e que passaram a incluí-lo na sua lista de alternativas para travar fogos florestais. "Agora sabem", conclui, "que a técnica funciona e que se for preciso podem voltar a pedir-nos". A diferença é que numa zona civil os cuidados terão de ser muito maiores e para travar uma vasta frente de fogo serão precisas bem mais do que apenas uma bomba.
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