O Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) vai investir 150 mil euros na construção de duas salas limpas no Centro de Sangue e Transplantação de Lisboa. O projeto vai permitir a criação de um espaço dedicado à cultura de córneas, possibilitando o seu armazenamento durante um maior período de tempo e o seu processamento de forma a evoluir para técnicas de lamelação. Prevê-se que entre em funcionamento durante o próximo ano.
Esta medida vai contribuir, principalmente, para uma melhor programação dos tempos operatórios e para a capacidade de utilização do mesmo tecido dador para vários recetores.
Todos os anos, registam-se em Portugal aproximadamente nove mil transplantes de córneas, tendo sido importadas, só em 2017, um total de 270. Atualmente, as córneas utilizadas no país são refrigeradas com uma duração máxima de sete dias.
A partir da criação destas salas de cultura altamente personalizadas, vai ser possível produzir córneas com o prazo significativamente mais alargado de 30 dias e aumentar o “pool” de tecido dador.
Desta forma, Portugal pode tornar-se autossuficiente no que a esta matéria diz respeito. Além de suprir as necessidades de transplantes a nível nacional, pode até ceder tecidos para o exterior, o que resultará na diminuição do número de córneas importadas e na redução dos custos associados à sua aquisição.
Fonte: SNS
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