1. SITUAÇÃO
Situação meteorológica:
No seguimento do contacto com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), realizado hoje, 10 de novembro, pelo Comando Nacional de Operações de Socorro (CNOS) da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), e de acordo com a informação meteorológica atualizada, prevê-se para domingo (11Nov) um agravamento das condições meteorológicas, nomeadamente, precipitação persistente, com um período mais crítico entre as 00h01e as 23h59 do dia 11 de novembro (domingo).
Desde o final da tarde do dia 9 de novembro, sexta-feira, e até ao final de dia 11, domingo (incluindo igualmente a noite de 11 para 12 de novembro no Baixo Alentejo e Algarve), o estado do tempo no território do continente é influenciado por uma corrente zonal à qual está associada uma massa de ar tropical, muito húmida, que é responsável por precipitação persistente, e por vezes forte. Adicionalmente, amanhã dia 11, aproxima-se um vale nos níveis altos da troposfera,
em processo de cavamento, o qual poderá originar uma atmosfera instável, essencialmente nas regiões a sul do sistema montanhoso Montejunto-Estrela, onde poderão ocorrer eventuais trovoadas.
Considerando a situação meteorológica em curso, a ANPC, através do CNOS, dos Comandos
Distritais e em estreita articulação com os agentes relevantes do Sistema de Proteção Civil,
estamos a acompanhar as bacias do Cavado, Douro, Vouga, Mondego, Tejo e Ribeiras do Oeste.
2. EFEITOS EXPECTÁVEIS
Face à situação acima descrita, poderão ocorrer os seguintes efeitos:
– Piso rodoviário escorregadio e eventual formação de lençóis de água;
– Possibilidade de cheias rápidas em meio urbano, por acumulação de águas pluviais ou insuficiências dos sistemas de drenagem;
– Possibilidade de inundação por transbordo de linhas de água nas zonas historicamente mais vulneráveis;
– Inundações de estruturas urbanas subterrâneas com deficiências de drenagem;
– Dificuldades de drenagem em sistemas urbanos, nomeadamente as verificadas em períodos de preia-mar, podendo causar inundações nos locais historicamente mais vulneráveis;
– Possíveis acidentes em zonas historicamente inundáveis;
– Fenómenos geomorfológicos causados por instabilização de vertentes associados à saturação dos solos, pela perda da sua consistência
– Obstrução de vias de circulação por queda de árvores, deslizamento ou desabamento de terras, pedras ou outras estruturas;
3. MEDIDAS PREVENTIVAS
A ANPC recorda que o eventual impacto destes efeitos pode ser minimizado, sobretudo através da adoção de comportamentos adequados, pelo que, e em particular nas zonas historicamente mais vulneráveis, recomenda-se a observação e divulgação das principais medidas de autoproteção para estas situações, nomeadamente:
– Garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas;
– Não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas;
– Adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a possível formação de lençóis de água nas vias;
– Retirar das zonas confinantes, normalmente inundáveis, equipamentos agrícolas, industriais, viaturas e outros bens;
– Colocar animais em locais seguros, retirando os rebanhos que se encontram nas zonas que serão provavelmente inundáveis;
– Estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e Forças de Segurança, desenvolvendo as ações necessárias para a sua proteção, da família e bens.
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