Associação sindical acusa Governo de querer juízes "de primeira e de segunda".
A Associação Sindical dos Juízes Portugueses acusa o Ministério da Justiça de ter feito, ao fim de ano e meio de espera, uma proposta que acaba por reduzir os salários líquidos dos juízes que cheguem no futuro à carreira, criando uma desigualdade, numa espécie de "juízes de primeira e de segunda".
É esta a resposta dos representantes dos magistrados judiciais à proposta que o Ministério divulgou ontem à noite , à beira de uma assembleia geral extraordinária da associação sindical onde se vão votar várias formas de protesto, entre elas a greve.
O presidente da associação, Manuel Soares, adianta à TSF que a proposta só responde a uma das áreas que preocupam os juízes e mesmo essa, à partida, não convence. "A proposta que veio do Ministério da Justiça, com a previsão do englobamento no vencimento - e, portanto, na tributação no futuro de uma parcela que hoje não é tributada (as ajudas de custo), significa para os juízes que entrem na carreira uma redução líquida na ordem dos 10% ou mais...".
A Associação Sindical dos Juízes Portugueses defende que não pode aceitar uma proposta deste tipo, acusando o Governo de querer resolver o problemas dos juízes de hoje com a situação dos que vêm para a carreira amanhã, não podendo existir juízes iguais com duas formas de salários.
Razões que levam a associação a manter tudo o que tinha previsto para a assembleia geral extraordinária deste sábado, nomeadamente a votação de várias formas de protesto como a greve.
Fonte: TSF
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