Enquanto dormia...
... muita polícia e prevenção, poucos 'coletes amarelos'. O protesto previsto para 25 pontos do país antes do fim-de-semana grande do Natal está a ser um 'flop'. Apesar de até a Força Aérea ter reforçado o controlo de drones com a criação de zonas de exclusão juntos dos aeroportos de Lisboa, Porto e Faro, e de existirem polícias e segurança em várias zonas, só no Porto e em Braga se registaram alguns distúrbios e houve um pequeno bloqueio no Marquês de Pombal em Lisboa. Pode ler no Observador o que (não) aconteceu.
Ontem, um dos mentores dos protestos em Portugal já tinha aliás abandonado o grupo. Filipe Ferreira foi acusado de estar a ser pago para passar informações à comunicação social.
Mesmo assim, convém saber por onde andam as manifestações e onde há restrições ao trânsito. A PSP emitiu um comunicado onde aponta as áreas em todas as cidades do país. E deixou conselhos tanto a manifestantes como a cidadãos. A Marta Leite Ferreira fez o mapa.
Como se preparou o protesto através do WhatsApp? Havia ideias para paletes a arder, pregos na estrada ou estradas bloqueadas, conta o José Pedro Mozos que tentou perceber antecipadamente o que aí vinha esta manhã.
E quais eram mesmo as medidas exigidas pelos “coletes amarelos portugueses”? E fazem algum sentido no nosso país? Entre o aumento do salário mínimo, do subsídio de desemprego e das pensões, ao corte nas "mordomias dos políticos" e nos deputados, a Rita Tavares fez a análise de 5 das reivindicações para ver se eram realistas.
Outra informação relevante
Um casal foi ontem detido na zona de Vila do Conde por vender quatro filhos recém-nascidos. Os quatro bebés terão sido negociados por 20 mil euros cada com portugueses emigrados em países da Europa, entre 2007 e 2011.
O alerta, através de uma denúncia anónima, foi dado por um vizinho, depois de perceber que algo estranho se passava numa casa perto da sua. A moradora aparecia várias vezes grávida mas alguns dos filhos nunca eram vistos. Foi assim que a PJ chegou ao casal e agora procura os compradores. A Carolina Branco conta mais pormenores desta história chocante.
Manuel Pinho esteve ontem a depor mais de cinco horas na comissão de inquérito às rendas excessivas na energia, mas fugiu ao que mais interessava. Começou com a garantia suprema — "Não fui corrompido, não recebi avença do Banco Espírito Santo"—, mas depois usou o argumento do costume para não responder às outras questões: "Não sou arguido, mas sei que sou considerado suspeito. Assim sendo, tenho o direito ao silêncio”. E acabou a queixar-se de não falarem do importante, a factura da eletricidade.
A Comissão independente para a descentralização foi criada em Agosto, está em funcionamento desde Outubro e tem de apresentar conclusões em Julho. Alberto João Jardim foi o único a afirmar que "está em marcha uma “verdadeira regionalização". É verdade que ninguém desmente. Mas também ninguém confirma. Porque há um (estranho) pacto de silêncio até Março, como conta a Rita Dinis.
Houve um “jantar de amigos” alternativo que calhou por coincidência (perdão, falta de agenda), no mesmo dia do jantar de Natal de Rui Rio. O último era o habitual encontro anual do PSD desta época. O outro, que também só por acaso juntava críticos do líder, tinha como mote a despedida ao deputado Campos Ferreira. Além do próprio, estiveram lá Miguel Relvas, Luís Montenegro, Luís Marques Mendes, Hugo Soares, Aguiar Branco, Marco António Costa, Matos Rosa, Luís Marques Guedes, Pedro Pinto e Passos Coelho.
As fake news podem levar “a formas de censura privadas ou públicas”. Em entrevista ao Público, Poiares Maduro diz que a democracia só funciona se "for assente em factos" e que é "muito negativa" a tendência do Facebook e da Google em decidir por nós o que é falso ou verdadeiro.
O Governo flexibilizou as regras para que as universidades possam construir residências para estudantes. A ideia é que as obras arranquem já no primeiro semestre de 2019, com o objetivo de criar 12 mil novas camas em mais de 200 edifícios nos próximos anos, diz o Público.
Os primeiros aviões já descolaram do aeroporto de Gatwick que esteve todo o dia de ontem encerrado depois da invasão de drones. As autoridades falam em ataque deliberado, o tráfego aéreo ainda continua muito limitado, e muitas pessoas (entre elas portugueses) continuam retidas. Os riscos para os aviões neste tipo de caso são enormes.
O suspeito de ter sido o mandante do ataque ao jornal satírico Charlie Hebdo terá sido detido este domingo em Djibuti, no norte de África. O jihadista francês Peter Chérif, próximo aos irmãos Kouachi, autores materiais do atentado e abatidos pela polícia, estava foragido desde 2011.
E sai mais um: o secretário da Defesa dos EUA, James Mattis, vai abandonar o cargo no final de fevereiro. Um dia depois de surpreender os aliados ao anunciar a retirada de tropas da Síria, Donald Trump deu a conhecer que ficará sem mais um membro da sua administração. Mas viu aprovadas as verbas para o muro com o México.
Para Trump ouvir, na mega-maratona-conferência de imprensa anual de Vladimir Putin, o presidente russo deixou um alerta. O do risco crescente de uma guerra nuclear, por causa dos EUA.
Em Espanha voltou-se a discutir em pleno Congresso uma possível revisão à pena de prisão perpétua renovável. O choque pela morte violenta de uma professora de 26 anos assassinada pelo vizinho reabriu a discussão.
O Sporting decidiu recriar a traumática invasão a Alcochete num anúncio de Natal. Usou crianças a fazer alguns dos movimentos dos agressores, mas a entregar presentes aos agredidos. Há quem critique, há quem elogie.
Os nossos Especiais
A primeira derrota da nova PGR foi ver Amadeu Guerra ser escolhido para suceder a Maria José Morgado. Entre reuniões discretas, os nomes que circularam e a falta de empatia entre Lucília Gago e o diretor do DCIAP, o Luís Rosa conta os bastidores de como tudo se passou nos bastidores.
A nossa opinião
- Rui Ramos escreve "À espera da “extrema-direita”": "O ideal era que houvesse nas europeias um qualquer fenómeno a que pudessem colar o rótulo de “populismo”, de modo a fazerem correr as legislativas em ambiente de pânico anti-fascista, à brasileira".
- José Milhazes escreve "Putin enterrou o socialismo": "Restam cada vez menos razões ao PCP para apoiar a política de Putin, sobretudo depois de o dirigente russo “ter enfiado o socialismo na gaveta”, mas ainda algo importante os une: o anti-americanismo".
- José Crespo de Carvalho escreve "Ideias e quotes como presentes de Natal": "Se é um gestor ou tem propensão a sê-lo não deve esquecer um quote final de Peter Senge: “Para ser um líder, comece por ser um ser humano”. Pense nisto, pelo menos neste Natal".
- Teresa Espassandim escreve "Para o Natal, o meu presente, eu quero que seja…": "A utilização de agendas tem uma efectiva utilidade para a concretização de objectivos, já que o compromisso e o envolvimento com os mesmos aumentam quando os decompomos em etapas".
Notícias surpreendentes
A escolha de Solskjær para substituir Mourinho no Manchester United tem uma grande razão de ser. É o regresso a Old Trafford de alguém que pode unir a família e devolver-lhe a filosofia que passa de geração em geração.
O anúncio da Google deste ano tem como base o filme 'Sozinho em Casa'. E para isso, 28 anos depois, Macaulay Culkin teve de recriar algumas das cenas mais memoráveis do primeiro sucesso da saga.
Só mais umas sugestões. Ainda presentes, neste caso 23 vinhos a tempo do Natal. Mas também 20 propostas, no Porto e em Lisboa, de bons restaurantes quer para juntar a família a 24 ou 25 de Dezembro, quer para o Ano Novo.
O que é que Richard Branson e o neto de Jacques Costeau encontraram no fundo do Grande Buraco Azul do Belize? Morte, garrafas de plástico e o fim da civilização maia.
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Boa sexta-feira e bom fim-de-semana
(sem chuva e com temperaturas amenas antes do Natal)
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