Sharp Objects, série da HBO baseada no livro homônimo de Gillian Flynn. Na história, a vida da solitária Camille Preaker em Chicago resume-se a escrever matérias para a editoria de polícia do jornal Daily Post, beber vodca além da conta e torturar-se pelo passado que deixou para trás na pequena Wind Gap, sua cidade natal. É para lá que seu editor a envia em busca de um furo de reportagem. Naquela comunidade ao sul do Missouri, um serial killer faz de crianças suas vítimas. Camille Preaker retorna a sua cidade natal para cobrir os assassinatos de duas meninas pré-adolescentes. Sem mais spoilers, a Síndrome de Münchhausen por procuração é uma doença mental em que o genitor provoca abuso infantil, ferindo a criança para atrair atenção para si. Ocorre quando alguém próximo de uma criança, quase sempre a mãe, produz de forma intencional sintomas, ou mesmo causa ativamente a doença. A taxa de vítimas é alto, pois em geral o genitor aparenta devotado aos cuidados do filho.
Por quê?
Até agora, sabe-se pouco sobre o que causa essa síndrome. Especialistas acreditam que pessoas que sofreram abusos, maus-tratos ou abandono na infância têm mais risco de desenvolvê-la na vida adulta.
Teoriza-se que o paciente se autoflagela ou flagela a criança sob seu cuidado em uma tentativa de despertar empatia ou admiração pelo "fardo" que carrega.
Ao mesmo tempo, ainda que haja suspeitas, os médicos costumam ter dificuldades em confrontar e lidar com pacientes com a síndrome de Münchausen, que muitas vezes ficam defensivos ou desaparecem, apenas para posteriormente buscar ajuda em outro hospital onde seu quadro ainda não seja conhecido.
A síndrome de Munchausen por procuração é um tipo de abuso infantil, em que um dos pais, geralmente a mãe, simula sinais e sintomas na criança, com a intenção de chamar atenção pra si. Como consequência, a vítima é submetida a repetidas internações e exposição a exames e tratamentos potencialmente perigosos e desnecessários, gerando sequelas psicológicas e físicas, podendo levar a morte.
O termo síndrome de Munchausen foi utilizado pela primeira vez por Asher1 em 1951, onde descrevia pacientes que contavam consistentemente histórias falsas, com sintomatologia dramática e recorrente e, como consequência eram submetidos à investigação diagnóstica e tratamentos desnecessários. Em 1977, esta síndrome foi introduzida na pediatria quando Meadow2, por meio do relato de dois casos, usou o termo Síndrome de Munchausen por Procuração (by proxy) para demonstrar situações em que um dos pais, geralmente a mãe, simulava sinais e sintomas na criança, levando-a repetidas internações e exposição a exames e tratamentos perigosos e desnecessários, com o objetivo de chamar atenção para si.
A síndrome de Munchausen por Procuração é uma doença de difícil controle e que se não diagnosticada e tratada a tempo, pode levar ao óbito, revelando uma taxa de mortalidade de 9%
Esta é uma forma extrema de abuso infantil associada à alta morbidade e mortalidade, que levam a sequelas psicológicas irreparáveis. A equipe de saúde quando se depara com um caso como o acima descrito, deve garantir a perpetuação dos debates e ação conjunta para que o diagnóstico e a comprovação da fraude sejam efetivados o mais breve possível, e a segurança seja garantida.
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