O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) confirmou a ocorrência de quatro vítimas mortais na sequência da queda do helicóptero de emergência médica, em Valongo, sem adiantar causas do acidente.
A informação foi também confirmada num ‘briefing’ realizado esta madrugada em Couce (concelho de Valongo, distrito do Porto) e transmitido pelas televisões, onde o comandante distrital da Proteção Civil, Carlos Alves, referiu que os corpos das quatro vítimas foram encontrados 700 metros a sul da capela da Santa Justa, em Valongo.
Neste segundo ‘briefing’ realizado durante a madrugada, Carlos Alves informou terem sido “encontrados os destroços do helicóptero, com os quatro corpos sem vida, dois juntos à aeronave e outros dois mais afastados”.
Questionado sobre se ainda esta noite iriam começar as operações para remoção dos corpos e dos destroços do helicóptero, Carlos Alves limitou-se a responder que foram “ativadas as entidades responsáveis” para o efeito.
No entanto, o instituto, num comunicado divulgado pouco depois das 02:00 de domingo prestou mais alguns detalhes sobre o incidente.
“O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) informa que foi localizado, cerca das 01:30, o helicóptero de emergência médica que se encontrava desaparecido. A aeronave em questão foi localizada na Serra de Pias, concelho de Valongo, havendo a lamentar a ocorrência de quatro vítimas mortais”, refere o instituto, num comunicado divulgado pouco depois das 02:00 de domingo.
A bordo da aeronave seguiam dois pilotos e uma equipa médica, composta por médico e enfermeira.
O presidente da Câmara de Valongo, José Manuel Ribeiro, indicou no entanto que o aparelho foi encontrado na Serra de Santa Justa.
A aeronave, que fazia a viagem entre o Porto e Macedo de Cavaleiros, Bragança, estava desaparecida desde as 18:30 de sábado e, segundo o organismo, “o incidente ocorreu numa altura em que se verificavam condições meteorológicas bastante adversas”.
“Caberá às autoridades competentes desenvolver um inquérito para apurar com detalhe as causas do acidente, cujos contornos não são ainda neste momento conhecidos”, lê-se na mesma nota.
“O INEM lamenta profundamente o sucedido, apresentando sinceras e sentidas condolências às famílias das vítimas”, refere, indicando que não divulgará, “por agora, mais informação sobre a identidade das vítimas, dado que decorrem os procedimentos de apoio às respetivas famílias”Além dos “diversos agentes” da Proteção Civil e do INEM que foram enviados ao local para colaborar nas operações de busca e salvamento, “foram igualmente mobilizadas diversas equipas para prestar apoio aos familiares das vítimas e aos próprios trabalhadores do Instituto”, um “trabalho de apoio psicológico” que “está em curso e vai continuar enquanto for necessário”, acrescenta o organismo.
“A ocorrência de uma situação como a verificada - no exercício da missão diária das equipas do Instituto, com a qual procuram precisamente salvar vidas - é motivo de profunda tristeza e pesar. É naturalmente um momento particularmente difícil e extremamente doloroso para a Instituição e para os seus profissionais, agradecendo-se desde já as centenas de mensagens de solidariedade recebidas”, menciona ainda o comunicado.
A aeronave em causa é uma Agusta A109S, operada pela empresa Babcock, e regressava no sábado à tarde à sua base, em Macedo de Cavaleiros, Bragança, após ter realizado uma missão de emergência médica de transporte de uma doente grave para o Hospital de Santo António, no Porto.
O serviço de helicópteros de emergência médica do INEM foi criado em 1997, tendo desde então realizado cerca de 16.370 transportes de doentes urgentes, “sem que se tenha verificado qualquer incidente grave” como este.
Última atualização às 02:59 de domingo, dia 16 de Dezembro
Lusa / MadreMedia
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