Os reclusos do Estabelecimento Prisional de Izeda, em Bragança, recusaram-se, esta sexta-feira, a regressar às celas depois do almoço e incendiaram caixotes do lixo e colchões.
A falta de tabaco para venda na cantina prisional foi o motivo que originou os distúrbios, disse à Lusa fonte do corpo da guarda prisional.
A mesma fonte adiantou que a situação, em que os presos chegaram a incendiar caixotes do lixo e colchões, já se encontra controlada, estando os reclusos já fechados, depois de se terem recusado regressar às celas após o almoço.
Segundo a mesma fonte, os presos queriam comprar tabaco na cantina do estabelecimento prisional, mas a quantidade autorizada para esta semana já está esgotada.
Em resposta enviada à Lusa, a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) nega "em absoluto que se tenha verificado quaisquer incidentes no Estabelecimento Prisional de Izeda".
A DGRSP indica que reclusos regressaram às celas, após o almoço, "sem qualquer tipo de problemas" e que não houve recurso à força ou à utilização de meios coercivos.
"A única ocorrência anómala, verificada até ao presente momento no Estabelecimento Prisional de Izeda foi a de alguns papeis que foram queimados dentro de um caixote do lixo, situação imediatamente sanada", esclarece ainda a DGRSP.
O caso ocorreu numa altura que o corpo da guarda prisional está em greve para exigir a revisão do estatuto, atualização da tabela remuneratória, criação de novas categorias, um novo subsídio de turno, alteração dos horários de trabalho e novas admissões.
Lusa
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