terça-feira, 8 de janeiro de 2019

Octapharma entrega ao IPST os primeiros medicamentos derivados do fracionamento do plasma português

No final de 2018, a 28 de dezembro, a Octapharma entregou ao Instituto Português do Sangue e Transplantação (IPST) os primeiros medicamentos derivados do fracionamento do plasma português, resultante de dádivas de dadores nacionais. Este foi um marco importante na história da saúde nacional, uma vez que assinalou a primeira vez que foi aproveitado o plasma de dadores benévolos em Portugal, concretizando-se, assim, um dos objetivos do Programa Estratégico Nacional de Fracionamento de Plasma Humano.

A disponibilização ao IPST dos medicamentos resultantes do fracionamento de 30 mil litros de plasma é o culminar de um importante programa nacional, o qual vinha sendo ambicionado há várias décadas pelos vários intervenientes da saúde. A Octapharma foi a empresa adjudicada para a tarefa, na sequência de um procedimento de Diálogo Concorrencial.
O fracionamento do plasma e a sua transformação em medicamentos vem possibilitar melhores cuidados de saúde que se traduzem numa melhor qualidade de vida dos doentes que deles beneficiam. Concomitantemente, permitirá ao Estado português conseguir uma significativa poupança de aproximadamente quatro milhões de euros. Com a aquisição destes medicamentos o Estado pagaria mais de oito milhões de euros, dado que o plasma que resultava das dádivas dos dadores de sangue era desaproveitado e a sua destruição implicava custos adicionais. A utilização do plasma português permite, agora, abastecer o país com uma quantidade significativa de medicamentos derivados do plasma, embora ainda insuficiente para o objetivo da autossuficiência.
“A Octapharma orgulha-se de ter sido a entidade adjudicada para o desenvolvimento deste programa pioneiro, tendo sido a empresa selecionada por apresentar a melhor proposta para os critérios definidos neste procedimento que concretiza parte de um exigente programa nacional. Este acontecimento vem reforçar as décadas de experiência e rigor científico que a Octapharma tem na inativação e fracionamento de plasma, que faz da empresa líder nesta área”, afirma o Dr. Eduardo Marques, diretor-geral e gerente da Octapharma em Portugal.
Os medicamentos hemoderivados são obtidos a partir da sujeição do plasma (enquanto matéria-prima) a um processo industrial de fraccionamento, durante o qual são purificadas determinadas proteínas, ou conjuntos de proteínas plasmáticas, que irão constituir os diferentes medicamentos derivados do plasma disponíveis para administração aos doentes.
Os medicamentos derivados do plasma humano tratam uma grande variedade de doenças congénitas e adquiridas e, em muitos casos, salvam o doente em risco de vida. A hemofilia e outras doenças da coagulação, imunodeficiências primárias e secundárias, doenças oncológicas, doenças autoimunes, doenças neurológicas, doentes queimados ou doentes em estado crítico são algumas das áreas médicas que beneficiam destes medicamentos.
“O nosso objetivo é continuar o trabalho de desenvolvimento científico dos nossos produtos farmacêuticos com rigor e responsabilidade para dar resposta às necessidades existentes e possibilitar, aos vários Estados, os melhores cuidados de saúde, que se traduzem numa melhor qualidade de vida para os seus doentes”, reforça o especialista.
Para o Dr. Eduardo Marques, “não fazia sentido que Portugal continuasse a não aproveitar o plasma nacional, pelo que a concretização deste programa traz uma grande satisfação a todos os que participaram neste projeto”.

Fonte:newsfarma

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