O presidente da
Câmara Municipal de Leiria, Raul Castro, defendeu esta quarta-feira
que a redução da sinistralidade rodoviária em Portugal, pela
dimensão que os números ainda assumem, tem de continuar no topo das
prioridades do país e envolver o melhor de cada setor da sociedade.
Raul Castro falava na sessão de abertura do II Simpósio Ibérico de
Segurança Rodoviária, que está a decorrer até sexta-feira na
Escola Superior de Tecnologia e Gestão.
“Só com os
melhores da ciência, das forças de segurança, do poder central e
das autarquias, e das demais organizações com intervenção nesta
área podemos construir modelos de ação com impacto real e
duradouro”, disse, realçando a importância do contributo dos
investigadores do Instituto Politécnico de Leiria e da Universidad
de Extremadura, com a cooperação das autoridades de segurança e
demais entidades envolvidas na prevenção.
O presidente da
Câmara Municipal de Leiria realçou ainda a importância da aposta
na formação dos mais jovens, revelando que, desde 2016, a Escola de
Trânsito de Leiria já deu formação a mais de 4.100 alunos do 1.º
ciclo do ensino básico.
“Neste projeto,
não ambicionamos apenas educar os nossos alunos sobre aspetos
práticos relativos à segurança rodoviária. Entendemos que um dos
conceitos mais importantes na formação de condutores ou peões é o
da cidadania, o de saber respeitar o próximo e de saber utilizar o
espaço público”, disse, numa intervenção em que reiterou a
necessidade de melhorar as condições de segurança do IC2.
Na sessão, o
presidente do Instituto Politécnico de Leiria (IPL), Rui Pedrosa,
destacou o contributo que a instituição que lidera dá na área da
segurança rodoviária, em dimensões como a educação,
infraestruturas e mobilidade e ainda investigação e desenvolvimento
relativos ao veículo automóvel.
O desenvolvimento de
trabalho em conjunto com os municípios da Comunidade Intermunicipal
de Região de Leiria (CIMRL) na área das infraestruturas e da
mobilidade foi outro dos aspetos realçados pelo presidente do IPL,
que destacou ainda a aposta nos meios de mobilidade suave, de que o
projeto U-Bike é um bom exemplo.
José Andrés
Campon, chefe de estudos da Guardia Civil, realçou a importância da
cooperação transfronteiriça nesta área, que poderá beneficiar
toda a Península Ibérica, e do estabelecimento de um equilíbrio
entre mobilidade e segurança.
O presidente da
Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), Rui Soares
Ribeiro, defendeu que a sinistralidade rodoviária deve ser encarada
como um problema de saúde pública, nomeadamente por constituir a
primeira causa de morte de jovens entre os 15 e os 25 anos.
Destacando a grande
descida do número de vítimas de acidentes rodoviários que se
regista em Portugal desde 1990, mas que entretanto estagnou, o novo
líder da ANSR defendeu que é necessário desenvolver estratégias
para dar novo impulso a esta tendência de descida.
Na sua intervenção,
saudou a CIMRL, por ter sido das poucas que trouxe a academia para
dentro do estudo e da elaboração de planos, o que fez toda a
diferença.
Link do site oficial Litoral Centro
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